A Spic Brasil anunciou investimentos de R$ 755 milhões para a instalação de dois novos parques eólicos no Rio Grande do Norte, os complexos Paraíso Farol e Pedra de Amolar no município de Touros, com capacidade instalada de 105,4 MW.
No total, serão 17 aerogeradores, de 6,2 MW cada, fornecidos pela Goldwind. A montagem das turbinas para essas eólicas marcará a primeira entrega da recém-inaugurada fábrica da chinesa em Camaçari, na Bahia, onde a nacele e o hub serão montados.
“Os complexos eólicos no Rio Grande do Norte serão os primeiros instalados 100% pela Spic no Brasil e ampliam nosso parque gerador de alta vocação renovável”, afirma Adriana Waltrick, CEO da SPIC Brasil.
O parque Paraíso Farol receberá sete aerogeradores, com capacidade instalada de 43,4 MW. Já Pedra de Amolar vai contar com dez aerogeradores e capacidade instalada de 62 MW. As obras devem ser iniciadas a partir de janeiro de 2025 e a previsão é que ambos comecem a operar em 2026. A energia será comercializada no mercado livre.
“Este será o primeiro parque eólico no Brasil a utilizar a turbina Goldwind GW182 e, também, a primeira a ser feita em nossa fábrica. Ao mesmo tempo, será a maior turbina em tamanho e capacidade instalada no Brasil. Esse é um marco significativo tanto para a Goldwind quanto para a Spic, assim como para o mercado eólico brasileiro. Portanto, com o contrato assinado, a Goldwind anuncia solenemente nossa determinação em contribuir para o desenvolvimento de longo prazo do mercado eólico no Brasil”, disse Liang Xuan, CEO da Goldwind América do Sul.
Cerca de metade dos projetos serão financiados com equity do acionista e o restante a partir de dívida de longo prazo.
Outro investimento da Spic
Em parceria com a Recurrent Energy, subsidiária da Canadian Solar, a empresa havia anunciado em novembro investimentos de R$ 400 milhões no projeto solar Luiz Gonzaga (114 MWp), instalado em Terra Nova, Pernambuco.
O complexo Luiz Gonzaga já obteve o financiamento de R$ 170 milhões junto ao Banco do Nordeste com prazo de 24 anos. O projeto possui contratos de venda de energia firmados que totalizam mais de 90% da geração até 2033, parte no mercado regulado e parte no mercado livre.