Biometano

Orizon e Gás Verde concluem formação de JVs para produção de biometano

Sociedade prevê duas novas plantas de biometano, cada uma com capacidade de produção de 100 mil m³ por dia

Unidade de tratamento
Unidade de tratamento da Orizon. Resíduos recolhidos nos aterros sanitários vão gerar biometano em JV com Gás Verde | Orizon (Divulgação)

O grupo Orizon e a Gás Verde, produtora de biometano do grupo Urca Energia, anunciaram a conclusão da transação que constitui a formação de duas sociedades para construção e operação de duas plantas de biometano nos ecoparques (aterros sanitários) de São Gonçalo e Nova Iguaçu, ambos no Rio de Janeiro. O negócio foi aprovado em março pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A sociedade será administrada pela Bio-E, subsidiária da Orizon VR, com 50% de participação; e pela Gás Verde, que deterá a outra metade. A produção do biometano das duas unidades será viabilizada a partir do biogás derivado dos ecoparques do grupo Orizon, com capacidade de produção de cerca de 100 mil m³ por dia em cada planta.

Em nota, a Gás Verde avalia que a sociedade permite avançar em seus planos de passar da atual produção de 160 mil m³ por dia para atingir a 600 mil m³ por dia de biogás até 2028.

“Hoje, a demanda por biometano, considerando o Combustível do Futuro, é maior do que a oferta, então, o aumento de produção vai possibilitar apoiar mais empresas em suas jornadas de descarbonização”, afirma em nota o presidente da Gás Verde, Marcel Jorand. A lei nº 14.993/2024 instituiu as regras do “Combustível do Futuro”, estabelece para produtores e importadores de gás natural a redução obrigatória de emissões de gases estufa por meio de Certificados de Garantia de Origem de Biometano na ordem de 1%.

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A Gás Verde também vai inaugurar, em 2025, uma planta de CO2 verde beverage grade, em Seropédica (RJ), onde detém uma planta de biometano junto ao aterro sanitário que recebe resíduos do Rio de Janeiro e de outros municípios da região metropolitana. O CO2 verde poderá substituir o CO2 de origem fóssil em indústrias de diferentes setores, como alimentos e bebidas, metalurgia, saneamento, entre outras.

Já para a Orizon, a parceria significa um aumento sua carteira de ativos de biometano e diversificação de sua base de parceiros estratégicos. “Hoje, a Orizon opera 17 ecoparques em 12 estados brasileiros que possuem capacidade estimada de geração de 2,7 milhões de m³ de biogás por dia. Ao longo dos próximos anos, a companhia fará investimentos para a construção de plantas que poderão gerar até 1,3 milhão de m³ por dia de biometano”, declarou em nota o presidente da Orizon, Milton Pilão.

No último semestre, a Orizon fechou novos acordos para a expansão de suas plantas. Em julho, assinou o contrato de compra e venda de biometano produzido no Ecoparque de Itapevi, com a Edge. Já em setembro e outubro, anunciou o acordo com a Estre Ambiental para exploração do Biogás dos aterros de Piratininga, Guatapará e Fazenda Rio Grande. Em novembro, celebrou o contrato de compra e venda de biometano produzido no Ecoparque de Tremembé para a Neogás, com garantia da Ultragaz, empresa do Grupo Ultra.