Financiamento

BNDES financia R$ 1 bi para nova planta da Raízen em São Paulo

Financiamentos foram anunciados pelo BNDES nesta semana; chamada pública para minerais estratégicos acontece em parceria com a Finep

Edifício sede do BNDES no Rio de Janeiro
BNDES libera R$ 1 bilhão para E2G da Raízen e abre chamada de R$ 5 bilhões para minerais estratégicos junto com a Finep

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 1 bilhão para a Raízen construir uma planta de etanol de segunda geração (E2G), com capacidade instalada de produção de até 82 milhões de litros por ano. Os recursos serão provenientes do Programa BNDES Mais Inovação (R$ 500 milhões) e do Fundo Clima (R$ 500 milhões)

A planta será instalada no município de Andradina, em São Paulo, e é uma das seis previstas pela Raízen para atingir a viabilidade econômica do E2G até 2028, considerando as duas que já estão em operação. Há, ainda mais três projetos em estudo, o que pode levar a um total de nove plantas produtoras de E2G até 2030.

O E2G utiliza como matéria-prima o bagaço da cana restante após o primeiro uso para produção de etanol de primeira geração ou açúcar. A molécula resultante pode ser usada na fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF), hidrogênio verde e combustível marítimo e, por usar resíduos e não competir com a produção alimentar, tem prêmios e mandatos em mercados como o europeu.

Edital destinará R$ 5 bilhões para minerais estratégicos

Nesta semana, o BNDES e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) publicaram chamada pública de fomento a planos de negócios voltados para a transformação de minerais estratégicos.

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Com o orçamento de R$ 5 bilhões, linhas de crédito, participação acionária em empresas e recursos não reembolsáveis, as duas instituições vão investir em capacidade produtiva e em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), visando a transformação de minerais para a transição energética e para a descabonização.

A chamada pública contempla projetos em diferentes estágios, desde plantas industriais em larga escala até plantas-piloto ou de demonstração, além de pesquisas e estudos para novas capacidades industriais. 

Entre os objetivos estão o desenvolvimento de minerais como cadeias de lítio, terras raras, níquel, grafite e silício, assim como a mobilização de investimentos para a fabricação de células de baterias, células fotovoltaicas e imãs permanentes.