O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) deliberou pela realização de testes pela Bolt Energy de importação de energia a partir da Venezuela para abastecimento de Roraima. O assunto ainda precisa ser apreciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A Bolt foi uma das primeiras empresas a solicitar e receber o aval para operar a importação, junto da Tradener e alguns meses depois da Âmbar, a primeira a iniciar as tratativas com a Venezuela. Posteriormente, saíram mais autorizações, incluindo Eneva e Matrix.
A ideia com a importação de energia é reduzir o custo da conta de consumo de combustíveis (CCC) relacionada ao suprimento de Roraima, único estado inteiramente isolado do país. Assim, as importadoras precisam conseguir trazer a energia a um custo inferior ao do acionamento do parque termelétrico que abastece a região.
A importação da Venezuela é realizada por meio da linha de transmissão 230 kV Boa Vista – Santa Elena de Uiarén, responsável por interligar o ponto de medição ao ponto de entrega estabelecido na subestação Boa Vista. A infraestrutura precisava de melhorias significativas já que deixou de ser usada em 2019, quando o então presidente Jair Bolsonaro encerrou a importação da energia do país vizinho.
Em 2013, o governo Lula retomou discussões sobre importação de energia gerada na hidrelétrica de Guri, na Venezuela, com o intuito de obter uma economia para o sistema de Roraima enquanto não é concluída a linha de transmissão que vai interligar Boa Vista a Manaus, conhecida como linhão do Tucuruí.