A produção de etanol de segunda geração da Raízen atingiu 18,5 milhões de m³ no terceiro trimestre (outubro a dezembro de 2024) da safra 24’25, volume superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, de 8,9 milhões de m³. O crescimento refletiu a retomada de produção na planta de Bonfim, conforme informações da prévia operacional da companhia.
Em relação a comercialização de etanol, a Raízen vendeu 895 mil de m³, frente aos 737 mil de m³ registrados na mesma base de comparação, reflexo da manutenção do ritmo de comercialização devido aos cenários de preços. O preço médio ficou entre R$ 2,8 mil e R$ 2,9 mil o metro cúbico.
Na Argentina e no Paraguai, a Raízen comercializou entre 1,9 milhões e 2 milhões de m³ na etapa, acima dos 1.886 milhões de m³ da fase anterior.
A venda de energia elétrica (cogeração) pela Raízen alcançou 443 MWh, uma redução em relação aos 566 MWh na mesma base de comparação, e justificada pela menor disponibilidade de bagaço. O volume foi comercializado ao preço médio entre R$ 270 a R$ 320/MWh, com aumento em relação ao praticado no período anterior, de R$ 256/MWh, por conta da elevação do preço do PLD.
Suspensão de projeções
A Raízen comunicou ainda que decidiu “descontinuar a divulgação das projeções financeiras referentes à safra 2024/25 em razão da performance observada até o momento e das mudanças em curso na companhia”.
A empresa observou que as informações operacionais são preliminares, não auditadas e sujeitas a revisão até a data da divulgação oficial.
A Raízen deve apresentar seus resultados referentes ao terceiro trimestre do ano-safra 2024/25 no dia 14 de fevereiro, após o fechamento do mercado.
Raízen: A nova fase da planta Costa Pinto
A Raízen anunciou o encerramento da operação da sua planta piloto de etanol de segunda geração (E2G) localizada no Parque de Bioenergia da Costa Pinto, no município de Piracicaba, em São Paulo, a partir de 1° de abril de 2025.
Segundo Rafael Bergman,CFO e diretor de Relações com Investidores da empresa, a planta passará a operar como uma unidade dedicada a testes e futuros desenvolvimentos do biocombustível.
Inaugurada em 2015, a usina passou por aprimoramentos para o desenvolvimento da tecnologia de produção de E2G, que foi replicada em escala comercial na Planta de Bonfim (operacional) e nas Plantas Univalem e Barra, que estão em fase de comissionamento e iniciarão operação após obtenção das autorizações necessárias.
Em sua última teleconferência de resultados trimestrais como presidente da Raízen, Ricardo Mussa já havia informado que a usina Costa Pinto teria “papel de testar novas linhas de redução de custo”, após a companhia conseguir reduzir em quase 30% a quantidade de enzima nas demais unidades. Com as diminuições, a empresa estima que os projetos de E2G deixem de exigir grandes investimentos e passem a ser importante gerador de caixa.