O custo anual com geração térmica e importação de energia alcançou R$ 10,5 bilhões em 2024, alta de 43% em relação aos R$ 7,3 bilhões de 2023, motivado principalmente pelo período úmido desfavorável na etapa. Os dados foram divulgados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nesta quarta-feira, 22 de janeiro.
Segundo o boletim mensal do ONS, o início de 2024 foi marcado por custos variando entre R$ 432 milhões e R$ 703 milhões. Entretanto, com o aumento das temperaturas e, consequentemente, do consumo, as despesas com geração e importação começaram a subir em junho, época na qual o PLD saiu do piso e bateu R$ 1.470/MWh no horário de ponta.
Os valores mais altos ocorreram em setembro e outubro, com R$ 1.891 bilhões e R$ 2.243 bilhões, respectivamente.
Térmicas e importação de dezembro
Por outro lado, o último mês do ano apresentou custo menores, retornando ao patamar abaixo do R$ 1 bilhão. Em dezembro, as despesas com geração térmica caíram 20% em comparação ao mês anterior, chegando a R$ 833 milhões.
A queda foi influenciada especialmente pela redução do Custo Marginal de Operação (CMO) e da carga, além da melhora nas afluências, que reduziu a necessidade de uso de geração térmica para atendimento à ponta de carga.
Em seu boletim mensal, o operador destacou que o maior responsável pelos custos de operação no mês foi o despacho por inflexibilidade, que representou 50% das despesas, a R$ 418,4 milhões.
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Já o custo com importação de energia foi de R$ 12 milhões, representando uma redução de 77,8% em relação a novembro de 2024. Houve importação de energia na modalidade comercial do Uruguai e da Argentina para atendimento a produto de potência, visando o atendimento à ponta de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Para o Uruguai, os volumes de energia ficaram abaixo de 2.000 MWh, com preços variando entre R$ 400/MWh e R$ 600/MWh. Para a Argentina, as importações tiveram volume entre 6.000 MWh e 8.000 MWh, com preços acima de R$ 600/MWh.
Resposta da demanda
O operador ainda divulgou a grade horária para despacho de redução da demanda de fevereiro de 2025, com os dias úteis abrangendo os horários entre 18h e 22h; 16h e 22h; e 15h e 23h nos subsistemas Sudeste, Sul, Sudeste, Nordeste e Norte.
Nos sábados, os despachos são em todos os subsistemas das 18h às 22h. Domingos e feriados nacionais, não há despachos previstos.
A grade segue resolução normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica, que estabeleceu, dentre outros, os critérios e as condições do programa da Resposta da Demanda.
