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Preços da Petrobras voltam ao radar após reunião com Lula e pressão por defasagem – Edição do dia

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Foto: Marcelo Camargo (Agência Brasil)
Foto: Marcelo Camargo (Agência Brasil)

A defasagem dos preços dos combustíveis da Petrobras em relação às cotações internacionais tem pressionado a companhia nas últimas semanas. O mercado enxerga que a estatal pode lucrar menos do que deveria ao deixar de reajustar o diesel e a gasolina, conforme indica reportagem do Valor Econômico.

Em contrapartida, uma alta de preços agora gera pressão sobre o governo, que tenta lidar com a inflação  dos alimentos e com o aumento da rejeição. Soma-se a isso o fato de diesel e gasolina terem um aumento nos preços agendado para sábado (1º/2) por conta do ajuste do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O imposto sobre a gasolina aumentará em 7%, para R$ 1,47. Sobre o diesel, o ICMS subirá 5%, para R$ 1,12.

É nesse cenário que o conselho de administração da Petrobras se reúne nesta quarta-feira (29/1) com a tarefa de avaliar se a companhia tem seguido a atual política de precificação dos combustíveis, em vigor desde maio de 2023. Ainda de acordo com a reportagem, mesmo que não seja da alçada do conselho a decisão de mudar preços, o pano de fundo da reunião é delicado. Na companhia, a palavra final sobre mudança de preço é da diretoria executiva.

Conforme apurou o Valor, integrantes do governo próximos ao conselho avaliam que o reajuste poderá ser evitado por algumas semanas se as premissas de formação de preços não extrapolarem limites definidos e se o cenário econômico favorecerem câmbio e Brent em patamares mais baixos. O maior desafio para a estatal será convencer o mercado de que o reajuste dos combustíveis pode esperar mais um pouco.

Aneel extingue processos contra Âmbar após pagamento de multas

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu ontem (28/1) encerrar todos os processos relacionados à implantação de usinas termelétricas emergenciais da Âmbar Energia, depois que a companhia controlada pela J&F – dos irmãos Joesley e Wesley Batista– realizou pagamento de multas e acerto de contas previstos em um acordo fechado com a União no ano passado.

O caso das termelétricas contratadas na crise hídrica de 2021, dividido em oito processos que avaliavam as consequências dos atrasos na entrada em operação dessas usinas, foi encerrado por perda de objeto depois que a União fechou acordos consensuais com os empreendedores.

No acordo firmado com a Âmbar, ficou definido que a empresa deveria pagar cerca de R$ 1 bilhão em multas por descumprimento de prazos dos contratos das termelétricas. Mas a companhia ainda garantiu o recebimento de R$ 10,5 bilhões em receitas pela geração termelétrica – ante R$ 18,7 bilhões estipulados na época da contratação. (Folha de S. Paulo)

Expansão de data centers no Brasil esbarra no acesso à rede elétrica

Reportagem do Valor Econômico ressalta que em um momento de sobra de energia no mercado brasileiro, as empresas do setor elétrico têm visto no segmento de data centers uma opção para absorver o excedente. Entretanto, a expansão do setor de tecnologia da informação enfrenta desafios no acesso à rede elétrica.

O CEO da CPFL, Gustavo Estrella, alerta sobre a necessidade de se criar um ambiente econômico para viabilizar este novo mercado no país, já que o receio é que parte da demanda de data centers ligados à inteligência artificial (IA) possa operar limitada pela indisponibilidade de rede.

“Atualmente, temos uma sobreoferta de 20% de energia em um cenário de crescimento do PIB de 2%, o que significa que vamos conviver com esse excedente por muitos anos. O desafio é direcionar essa energia para projetos estratégicos, como o setor de data centers e hidrogênio verde.”

O vice-presidente de comercialização e soluções em energia da Eletrobras, Ítalo Freitas, frisa que para atender a demanda de data centers, são necessários grandes investimentos em infraestrutura elétrica.

Vale supera expectativa e soma 328 milhões de toneladas de minério produzidos em 2024

A Vale informou ontem (28/1) que produziu 327,7 milhões de toneladas de minério de ferro em todo ano passado. O número supera as expectativas de dezembro, quando era estimado um volume entre 310 e 320 milhões de toneladas. Segundo a empresa, este é o maior volume produzido pela mineradora desde 2019. (O Globo)

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: Governadores estaduais devem terminar a primeira metade de seus mandatos com despesas crescendo em ritmo maior do que as receitas. Na comparação entre 2022 e 2024, os gastos correntes no agregado de 26 Estados e Distrito Federal subiram 8,7%, e as receitas correntes cresceram 2,1%, já descontada a inflação e considerando os meses de janeiro a outubro, os últimos disponíveis do ano passado.

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Folha de S. Paulo: O governo federal registrou uma arrecadação recorde em 2024. As receitas somaram R$ 2,65 trilhões, uma alta de 9,62% em relação ao ano anterior, já descontado o efeito da inflação, segundo dados anunciados nesta terça-feira (28) pela Receita Federal.

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O Estado de S. Paulo: Três cidades pesquisadas pelo IBGE registraram aumento de dois dígitos na alimentação em domicílio em 2024: Campo Grande (11,3%), Goiânia (10,6%) e São Paulo (10%), segundo microdados do IPCA, apurado pelo IBGE. Porto Alegre registrou a inflação de alimentos mais baixa, de 2,89%. O motivo é a forte oferta de produtos na região, por causa da ajuda recebida após as enchentes de maio. Para o coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre, André Braz, as cidades do País mais habituadas ao consumo de carnes bovinas sentiram um efeito maior da inflação, uma das principais fontes de desgaste do governo no momento. Em Campo Grande, a alta foi de 31,32%. Em Goiânia, as carnes ficaram 24,21% mais caras e em São Paulo, 26,54%. Em Porto Alegre a variação foi de 10,09%.

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O Globo: A Petrobras avisou ao Planalto que precisa reajustar os preços do diesel, defasado em relação à cotação internacional. Mas mesmo que essa decisão não seja tomada agora, os preços da gasolina e do diesel vão subir em todo o país a partir do próximo sábado, dia 1º de fevereiro.

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