A Petrobras avalia que a queda de 10,5% na produção de óleo e gás em 2024 ficou dentro da meta estabelecida em seu Plano Estratégico 2024-2028, que prevê uma variação de mais ou menos 4% nos volumes. “A gente tem aquela faixa de produção. O nosso gol é sempre estar na faixa. E essa faixa já estima alguns problemas”, explicou a diretora de Exploração e Produção da companhia, Sylvia dos Anjos, durante o Fórum Brasil de Energia, realizado nesta terça-feira, 4 de fevereiro, no Rio de Janeiro.
Segundo Sylvia dos Anjos, a produção de algumas plataformas teve uma grande postergação por questões regulatórias, como os movimentos de servidores na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que paralisaram ou atrasaram alguns processos.
Além disso, a produção foi afetada por paradas programadas, que devem continuar no primeiro trimestre de 2025. “Todas as plataformas têm que fazer parada. E as que são mais antigas, precisam fazer mais paradas”, disse Dos Anjos. Segundo a estatal, algumas paradas foram prorrogadas “até o limite”, e precisavam ser realizadas sob risco de ter a parada imposta por questão de segurança.
“Nós estamos fazendo todo tipo de planejamento para parar só o mínimo necessário. Mas parar, tem que parar”, disse Sylvia dos Anjos.