A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve avançar na discussão da regulamentação dos sistemas de armazenamento até maio deste ano, antes do leilão de reserva de capacidade na forma de baterias prometido pelo governo para 2025.
Segundo Ricardo Tili, diretor da agência, com a conclusão da segunda fase da consulta pública sobre armazenamento no fim de janeiro, as áreas técnicas devem se debruçar nas contribuições para elaboração do documento.
“Vamos colocar a nota técnica encaminhada na minha relatoria e eu pretendo fazer isso até o mês de maio deste ano, já tendo a normal aprovada”, falou o diretor, que é relator do processo da consulta pública, e participou nesta quarta-feira, 5 de fevereiro, do evento Energyear, em São Paulo.
ISA Energia aposta em armazenamento
Dona do único projeto de baterias instaladas na rede de transmissão no país, a ISA Energia avalia participar do leilão, mas avaliará se o “ambiente” é adequado. Segundo Rui Chammas, CEO da companhia, com seis projetos de transmissão arrematados em leilões anteriores em execução, a transmissora focará em sua disciplina financeira antes de bater o martelo.
Com um projeto de baterias instalado em uma subestação em São Paulo, a empresa ainda deve analisar a melhor maneira de entrar no leilão de reserva de capacidade na forma de baterias. Ao participar do evento Energyear nesta quarta-feira, 5 de fevereiro, o executivo disse que a empresa realizou contribuições na consulta pública sobre o tema em que destacou principalmente a necessidade de remuneração das empresas via empilhamento de serviços.
Nesse cenário, o sistema de armazenamento é instalado e fica à disposição do operador, que opera os serviços no “melhor interesse da sociedade”, disse Chammas. Na avaliação do executivo, a remuneração das baterias desta forma é a “forma mais competitiva de colocar os equipamentos no grid” e deixá-los disponíveis.