Derivativos

BBCE cria Câmara Consultiva de Autorregulação para derivativos de energia

Escritório mostra paredes azul marinho e o nome da BBCE em uma das paredes
Escritório mostra paredes azul marinho e o nome da BBCE em uma das paredes

A BBCE inaugurou uma Câmara Consultiva de Autorregulação focada nas atividades de autorregulação dos derivativos de energia e realizou a primeira reunião deste grupo em dezembro de 2024. Segundo a BBCE, a Câmara tem como objetivo reforçar o compromisso com o aprimoramento das práticas regulatórias.

“Visa, ainda, o desenvolvimento contínuo do mercado de derivativos de energia, além de fortalecer o diálogo com os participantes da BBCE, administradora de balcão que é a primeira a oferecer a negociação desse instrumento no país”, explica a empresa em nota.

O estoque de derivativos de energia da BBCE atingiu R$ 2 bilhões em dezembro de 2024, por meio de mais de 4.500 contratos que envolvem 16 TWh, aproximadamente. O crescimento ao longo do ano refletiu a volatilidade dos preços e a variação da geração para fontes não despacháveis, principalmente em contratos de autoprodução.

Primeiro encontro do conselho

O primeiro encontro contou com a participação de empresas que operam nesse mercado e foram convidadas pelo Conselho de Autorregulação, como a EDP, Delta, Stima e Apolo, além da diretoria-executiva de produtos da companhia.

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Segundo Luiz Felipe Calabró, membro do conselho da BBCE e presidente da Câmara Consultiva, a iniciativa promove autorregulação eficiente. “É uma ação crucial para a autorregulação de mercado conciliar eficiência, inovação, integridade e boas práticas”, explica.

“Além de atender a determinações regulatórias, contribui para a segurança de mercado e as boas práticas, que são prioridade da BBCE”, explica Camila Batich, presidente da empresa. “É mais um canal de interlocução da autorregulação com o mercado e extremamente fundamental para ouvir os participantes que operam derivativos de energia”, completa.

Os derivativos de energia da BBCE

Derivativos são contratos financeiros que derivam do preço de um ativo objeto, neste caso, a energia. São utilizados por quem busca se proteger da oscilação futura do preço do ativo (hedge) ou de um risco atrelado a esse ativo. Também são procurados para quem quer se posicionar num ativo para auferir ganhos com os diferentes comportamentos dos preços, assim como acontece no mercado de dólares ou de outras commodities.

A BBCE provê a negociação e o registro de derivativos de balcão padronizados e não padronizados. Todos eles são operações estritamente financeiras, pois não contemplam a entrega física da energia, a exemplo dos NDF (Non Deliverable Forward).

São contratos bilaterais com preço, prazo e quantidade negociada entre as partes (comprador e vendedor). Pela ampla gama de possibilidades de parametrização, o que atende as diferentes necessidades de operação, a grande maioria do estoque registrado na BBCE está atrelado a contratos não padronizados.

Confira o regimento interno da Câmara Consultiva de Autorregulação.