Eletrobras firma parceria para estudar migração de portos ao mercado livre de energia 

A Eletrobras firmou contrato de fornecimento de energia para atendimento de estacionamentos da Estapar e anunciou uma parceria com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para estudar os portos e terminais aptos a migrarem para o mercado livre de energia.

A companhia também anunciou a conclusão da implantação do primeiro grupo de novos bancos de capacitores série associados ao circuito das linhas de Foz do Iguaçu-Ivaiporã e Ivaiporã–Itaberá, que transmitem a energia gerada pela usina hidrelétrica de Itaipu.

Descarbonização de portos

A companhia assinou protocolo de intenção com a Antaq visando estudar iniciativas de descarbonização em portos e terminais do país, por meio de levantamento daqueles aptos a migrarem para o ambiente de contratação livre a partir de fontes renováveis.

Para isso, a parceria prevê encontros e seminários com concessionários de serviços aquaviários para difundir informações sobre o mercado de energia elétrica brasileiro.

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O protocolo ainda estudará possibilidades de apoio aos operadores aquaviários no abatimento, por meio de certificados de energia renovável I-REC, das emissões de gases de efeito estufa resultantes da energia consumida em 2024, conforme o escopo dois do GHG Protocol Brasil – protocolo internacional que estabelece diretrizes para a elaboração de inventários de gases de efeito estufa. 

Além disso, a parceria estipula um levantamento do potencial para aplicação de soluções em eletrificação como o On-Shore Power Supply (OPS), tecnologia que permite que navios atracados em portos desliguem seus motores e se conectem à rede elétrica para obter energia.

Segundo a diretora de Relacionamento com Clientes da companhia, Virgínia Feitosa, a existência de um inventário de gases de efeito estufa no setor favorece o propósito do termo firmado com a Antaq.

“Isto possibilita que a Eletrobras atue junto a esses grandes consumidores de energia, provendo a eles, a partir de um ambiente experimental, competitividade com eventuais migrações para o mercado livre e, ao mesmo tempo, sustentabilidade com energia 100% renovável e seus respectivos certificados, criando soluções personalizadas para os provedores de logísticas que reverberarão em competitividade e crescimento para a toda indústria nacional”, destacou Feitosa.

Eletrobras: Carregamento de elétricos

A empresa fornecerá energia para pontos de carregamento de carros elétricos da Estapar nos estacionamentos do aeroporto de Congonhas (São Paulo) e da praça da Cinelândia (Rio de Janeiro). A operação dos espaços ficará a cargo da Zletric, subsidiária da Estapar focada em mobilidade elétrica.

Em São Paulo, foram instaladas 24 vagas com carregadores de corrente alternada (AC). Já no Rio de Janeiro, 22 vagas exclusivas para carros elétricos, sendo duas equipadas com pontos de recarga rápidos, conhecidos como carregadores de corrente contínua (DC).

“A Eletrobras quer se tornar, cada vez mais, uma empresa voltada para os clientes, e a parceria com a Estapar é um passo importante nesse processo de transformação da companhia, que busca, por meio de soluções em energia, dar sua contribuição para a transição energética e para a descarbonização”, afirmou o presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro.

Modernização

A Eletrobras concluiu a implantação do primeiro grupo de novos bancos de capacitores série (BCs) associados ao circuito três das linhas de 765 kV Foz do Iguaçu-Ivaiporã e Ivaiporã–Itaberá, que transmitem a energia gerada por Itaipu. Os equipamentos foram instalados nas subestações Ivaiporã (Paraná) e Itaberá (São Paulo).  

O projeto ainda terá mais duas etapas de energizações e prevê um orçamento total de R$ 1,1 bilhão.

Com os novos bancos de capacitores, a Eletrobras terá um incremento de Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 211 milhões, sendo que a primeira fase do projeto é responsável por R$ 65 milhões desse total. Durante a obra foram gerados, em média, 200 empregos diretos. 

“A entrega destes primeiros bancos de capacitores foi realizada com antecedência de 21 meses em relação ao prazo dado pelo regulador, e investimento de R$ 370 milhões. Concluímos o empreendimento com estrita observância aos requisitos de segurança”, disse o gerente de Implantação de Transmissão Sudeste da Eletrobras, Ney Fabiano José Albano da Silva.