A inflação desacelerou em janeiro, apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ontem (11/2). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,16% em relação a dezembro, levemente abaixo da mediana da expectativa de economistas consultados pela Bloomberg, de 0,17%.
Essa é a menor marca para um mês de janeiro desde o início do Plano Real, em 1994. Em dezembro, o índice teve alta de 0,52%, o que representa uma desaceleração de 0,36 ponto percentual do IPCA. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 4,56%, ainda acima do teto da meta do Banco Central, de 4,5%, mas abaixo da expectativa de 4,58% do mercado. (Folha de S. Paulo)
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirmou ontem (11/2) que os recursos do bônus de Itaipu devem ser suficientes para pagar o déficit de US$ 121 milhões da hidrelétrica e ainda usar o restante para diminuir a conta de luz dos consumidores. Segundo Feitosa, o governo deve usar cerca de R$ 1 bilhão do bônus de Itaipu.
O bônus de Itaipu é um desconto na conta de luz concedido a consumidores residenciais e rurais cujo consumo mensal tenha sido inferior a 350 kWh. Ele é possível graças a um mecanismo previsto na Lei nº 10.438/2002, que determina que parte da receita obtida com a comercialização de energia gerada pela Usina Hidrelétrica de Itaipu seja repassada diretamente aos consumidores. (O Globo)
Acordo entre Brasil e Uruguai ajuda geradores de energia solar e eólica
O Brasil assinará um memorando de entendimento com o Uruguai nesta quarta-feira (12/2) para garantir melhorias na rede por onde passa a energia exportada para o vizinho e também para a Argentina, informa a Folha de S. Paulo.
A medida não é só de engenharia e visa atender os geradores de energia limpa – solar e eólica – que vêm sofrendo restrições de geração porque geram demais durante o dia, sobrecarregando o sistema, e não conseguem entregar no horário de pico. Diferentemente da água que faz girar as hidrelétricas ou do gás que move as termelétricas, sol e vento não são constantes a qualquer hora do dia.
Petrobras investe R$ 100 milhões para monitorar a costa brasileira
O Valor Econômico informa que, em busca de mais eficiência nas operações em alto mar e aprimorar estudos para projetos, a Petrobras irá expandir o monitoramento da costa brasileira, desde a Bacia de Pelotas, na região Sul, até a Margem Equatorial, que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá. A estatal investirá R$ 100 milhões, com verba de pesquisa e desenvolvimento (P&D), para ampliar a Rede de Modelagem e Observação Oceanográfica (Remo), projeto em parceria com a Marinha e com universidades que coleta dados de correntes oceânicas, ondas, ventos e outros dados oceanográficos. A rede Remo foi lançada em 2006.
Por meio de boias e de veículos autônomos não tripulados, a Petrobras pretende tornar o monitoramento do oceano mais abrangente, com detecção de óleo, temperatura, salinidade e concentração de oxigênio. “A maior parte da nossa operação funciona no mar. Uma das preocupações é entender como funciona o mar e o vento”, afirma Lucas Castelli, gerente de tecnologias em engenharia oceânica da Petrobras. A companhia lançou a expansão do projeto ontem (11/2), em evento interno.
Governo marca para junho novo leilão de áreas pra exploração de petróleo no país
A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) agendou para junho novo leilão de áreas para exploração de petróleo no país. A oferta foi agilizada para tentar incluir áreas na margem equatorial, foco de embate entre as áreas ambiental e energética do governo.
A agência não divulgou ainda quais áreas serão levadas a leilão. Há hoje 332 blocos disponíveis para contratos de concessão exploratória no país, 145 deles com aval das áreas ambiental e de energia do governo próximo do vencimento. (Folha de S. Paulo)
Abeeólica: prioridades para 2025 incluem fim de subsídios e revogação de benefícios a térmicas
A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) apresentou no Congresso Nacional as prioridades do setor para o ano de 2025, incluindo projetos de lei defendidos pelo grupo, o fim da concessão de subsídios para “tecnologias amplamente conhecidas” e a revogação da expansão de usinas termelétricas.
O grupo também mostrou apoio ao projeto de lei nº 5.719/2023 que altera lei sobre a concessão de financiamento vinculado à exportação de bens ou serviços nacionais. Outra defesa é o incentivo à produção nacional de fertilizantes.
A entidade defende o fim da concessão de novos subsídios tarifários que tenham o caráter de “perpetuar benefícios injustificáveis do ponto de vista econômico”. É citada a exploração de tecnologias já amplamente conhecidas e inseridas no mercado brasileiro. (Agência Eixos / Conteúdo Estadão)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: O Brasil fechou 2024 com superávit comercial 25% menor que no ano anterior, com uma contribuição bem menor dos países da América Latina. Num ano em que as exportações caíram 0,8% e as importações avançaram 9%, o superávit da balança comercial brasileira ficou em US$ 74,2 bilhões, ante US$ 98,9 bilhões em 2023. Entre os dez países que renderam os maiores superávits para o Brasil não há nenhum latino-americano. No ano anterior havia três: Argentina, Chile e México. Além destes, outro país com laços fortes com o Brasil deixou o top 10 em 2024: Portugal, que ocupava a 8ª posição no ano anterior.
**
O Globo: Integrantes do governo Luiz Inácio Lula da Silva avaliam que há uma brecha para negociar com os Estados Unidos a adoção de cotas ou exceções às sobretaxas de 25% sobre aço e alumínio impostas pelo presidente Donald Trump. Elas devem entrar em vigor em 12 de março. No primeiro mandato de Trump os dois países acabaram fechando um acordo, e a avaliação de especialistas é que o republicano está repetindo a tática de ameaçar para obter concessões.
**
O Estado de S. Paulo: Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que a Corte vai julgar se a Lei de Anistia – promulgada em 1979 e que perdoou crimes políticos cometidos durante a ditadura militar (1964-1985) – se aplica aos casos de desaparecidos políticos. Em julgamento virtual, a Corte formou maioria para, na prática, reavaliar o alcance da lei que entrou em vigor ainda durante o regime autoritário. O entendimento é de que há necessidade de emissão de uma decisão de abrangência nacional sobre o assunto. Por isso, aprovaram o julgamento do tema em repercussão geral. A proposta para que o STF se pronuncie sobre o tema partiu do ministro Flávio Dino. Ele argumentou que, nos casos de ocultação de cadáver, o crime “se prolonga no tempo” e por isso, em sua avaliação, não poderia receber perdão.
**
Folha de S. Paulo: O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto ontem (11/2) ordenando que as agências do governo federal americano preparem um plano de demissões em massa a ser liderado pelo bilionário Elon Musk, à frente do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês). O texto diz que todos os órgãos federais devem se colocar à disposição de Musk e sua equipe, que avaliarão a folha de pagamento e decidirão que cortes serão feitos.