Monitoramento da costa

Petrobras investe em monitoramento oceânico, com destaque para novas fronteiras

Termo de Cooperação entre Petrobras e Marinha prevê expansão de rede existente, com destaque para Bacia de Pelotas e Margem Equatorial

Aparelho de subsuperfície Gçider, que pode chegar a até mil metros de profundidade
Aparelho de subsuperfície Gçider, que pode chegar a até mil metros de profundidade | Imagem: L.A. Guerra / Divulgação Petrobras

A Petrobras vai investir R$ 100 milhões para ampliar o monitoramento de toda a costa brasileira, com destaque especial para as regiões da Bacia de Pelotas, no Sul do país, e da Margem Equatorial, que vai até o Amapá. Ambas as áreas são consideradas novas fronteiras exploratórias para a indústria de óleo e gás, e a estatal tem concessões nas duas regiões.

O investimento ocorrerá por meio de Termo de Cooperação (TC) com a Marinha do Brasil para expansão da Rede de Modelagem e Observação Oceanográfica (Remo). Um dos objetivos do termo é qualificar e licenciar o uso de veículos autônomos de superfície e subsuperfície (até mil metros de profundidade), não tripulados e não operados continuamente. Os equipamentos são resistentes a mau tempo, que pode impedir a atividade segura de um navio, e têm custo de operação cerca de dez vezes menor do que o de uma embarcação.

Os dados gerados serão compartilhados com a comunidade científica. A Petrobras também participa de outros Termos de Cooperação que permitem a academia aumentar os conhecimentos sobre os fenômenos meteoceanográficos como o Programa Antártico Brasileiro (Proantar); o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira e o Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (Leplac).

Segundo a diretora de Engenharia e Tecnologia da Petrobras, Renata Baruzzi, as medições podem beneficiar outras atividades, como transporte marítimo, gestão ambiental e planejamento costeiro.