A Folha de S. Paulo informa que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) determinou que a Norte Energia reduza a vazão de água na hidrelétrica de Belo Monte, o que resultará na redução de geração de energia, obrigando o governo a utilizar a sobra de usinas do Sudeste no momento em que se prevê recordes de temperatura —e consumo— na região.
O redirecionamento será a alternativa para retardar, ao máximo, a contratação de termelétricas — cuja energia custa muito mais caro do que a média por MW (megawatt), o que pesa na conta do consumidor.
A decisão do Ibama foi tomada pela diretoria de licenciamento ambiental após a interrupção de uma das duas linhas de transmissão de Belo Monte. No fim de janeiro, a rede Xingu-Terminal Rio foi derrubada devido a estragos causados por chuvas e precisou ser refeita. Houve, então, uma redução na vazão do rio Xingu que gerou aumento em Volta Grande, no Sudeste.
Rio sofre com calor extremo e tem alerta sobre consumo de energia
Com o aumento das temperaturas durante a onda de calor extremo que atingiu o Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (17/2), a cidade iniciou o nível de calor 4 (NC4), o segundo mais alto do protocolo de enfrentamento ao calor extremo.
A temperatura chegou a 42°C na tarde desta segunda. Por isso, a Light, uma das concessionárias de energia da cidade, emitiu um alerta os consumidores para a importância de otimizar o uso de energia elétrica e evitar desperdícios. A maior demanda por ar-condicionado, comum nesse período, pode resultar em contas de luz mais altas, principalmente com o aumento do ICMS de 18% para 24% quando o consumo ultrapassa 300 kWh mensais. (Valor Econômico)
Aneel volta a discutir cortes de geração de energia renovável
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) retoma na terça-feira (18) a discussão sobre os cortes de geração renovável impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), conhecido pelo jargão do setor como “curtailment”.
A agência reguladora analisa um pedido da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) para rever uma decisão que impacta o setor. A solicitação se refere à Resolução Normativa nº 1.073/2023, que alterou regras anteriores da Aneel (Resolução nº 1.030/2022) sobre compensação financeira para usinas que têm sua geração de energia limitada. Esse mecanismo define quando e como os geradores recebem pagamentos por energia que poderiam produzir, mas são impedidos de entregar ao sistema. (Valor Econômico)
Lucro da Neoenergia recua 12% no 4° trimestre
A Neoenergia registrou lucro líquido consolidado de R$ 852 milhões no quarto trimestre de 2024, o que corresponde a uma queda de 12% em comparação com igual período em 2023. Excluindo os eventos não recorrentes do trimestre, o lucro seria de R$ 1,38 bilhão, uma queda anual de 5%. Entre outubro e dezembro, as receitas da companhia somaram R$ 12,84 bilhões, avançando 15% na comparação anual. (Valor Econômico)
Em reestruturação, Raízen buscará até US$ 750 milhões em captação no exterior
O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Raízen deve ir ao mercado internacional de dívida nos próximos dias para fazer uma emissão externa, de acordo com fontes. O valor da captação ainda não está definido, mas pode ficar entre US$ 500 milhões a US$ 750 milhões, dependendo do apetite dos investidores.
De acordo com a reportagem, os recursos devem ser direcionados para a gestão do passivo da companhia, que passa por um processo de reorganização financeira e operacional. Esta será a sexta emissão externa de empresas brasileiras em 2025, que já captaram US$ 4,1 bilhões este ano, perto da metade do que levantaram no mesmo período de 2024.
A companhia viu sua alavancagem aumentar para três vezes o Ebitda (resultado operacional) no terceiro trimestre da temporada 2024/25, que compreende o período entre 1º de outubro e 31 de dezembro de 2024. No intervalo correspondente do ano passado, a alavancagem estava em 1,9 vez. A maior parte da dívida da Raízen está em moeda local (92%). No período, a empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 2,571 bilhões.
O processo de reestruturação vem tomando corpo desde o fim do ano passado, com mudanças na gestão e maior foco na eficiência operacional. Em conferência com analistas, Nelson Gomes, CEO da companhia, afirmou hoje, 17, que a empresa deve entrar num novo ciclo a partir de abril, com uma estrutura mais simplificada. O negócio será separado em três linhas principais de atuação: Açúcar e Renováveis, Mobilidade Brasil e Mobilidade Argentina.
Agência Internacional de Energias Renováveis adere à coalização do Brasil
O diretor-geral da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês), Francesco La Camera, esteve em agenda no Brasil nos últimos dias e conversou com o Valor sobre as reuniões no país. O executivo confirmou a aderência da agência ao projeto de Coalizão Global para Planejamento da Transição e Segurança Energética, convite que foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em visita a Abu Dhabi em janeiro.
Conforme La Camera, a coalizão será lançada em evento no Brasil em junho, junto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Essa será a próxima visita ao Brasil do chefe da Irena, sediada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. A ideia da coalizão surgiu das discussões no G20 em 2024, no Rio, para promover soluções colaborativas para a transição energética global. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
Folha de S. Paulo: A cidade do Rio de Janeiro atingiu nesta segunda-feira (17/2) o nível 4 de calor (NC4) pela primeira vez desde a implementação do protocolo municipal para temperaturas extremas, em junho do ano passado. O alerta foi acionado às 12h35, quando a sensação térmica ultrapassou os 40°C, com previsão de manutenção ou aumento do calor pelos próximos três dias.
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O Estado de S. Paulo: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem (17/2), que a população é “assaltada” pelos intermediários na cadeia de distribuição de combustíveis. Ele defendeu que a Petrobras venda diesel, gasolina e gás diretamente a grandes consumidores. Lula deu as declarações em Angra dos Reis (RJ) em cerimônia que anunciou licitação para compra de navios para a Transpetro.
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O Globo: O Judiciário pagou quase R$ 7 bilhões em remunerações acima do teto estabelecido pela Constituição durante o ano de 2024, aponta levantamento do Globo com base em dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O órgão disse, em nota, que “muitos dos pagamentos citados são passivos relativos a decisões judiciais que deram ganho de causa a esses profissionais para o pagamento desses valores”.
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Valor Econômico: O consumo mostrou instabilidade nas vendas no começo de 2025, cenário bem diferente do registrado no mesmo período de 2024, marcado pelo aumento firme dos volumes vendidos. Esse movimento ocorre num ambiente em que há ondas de repasses de aumento de preços da indústria para o comércio, o que eleva a pressão inflacionária sobre alimentos e bebidas, podendo afetar a demanda futura. A inflação de alimentos tem abalado a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.