
A Light Energia iniciou uma oferta de recompra no exterior de suas notas remuneradas a 4,375% com vencimento em 2026, até o valor máximo agregado de US$ 89,9 milhões. A oferta expirará às 17h, horário de Nova Iorque, do dia 14 de maio de 2025, podendo ser estendida ou antecipada.
Em comunicado ao mercado nesta segunda-feira, 7 de abril, a empresa destacou que a oferta é parte do plano de recuperação judicial das companhias do grupo, aprovado em assembleia geral de credores, em 29 de maio de 2024, cujo resultado foi homologado pela Justiça do Rio de Janeiro um mês depois e pela corte inglesa em outubro de 2024.
Aumento de capital na Light
Na última semana, a Light S.A informou que a Tempo Capital Gestão de Recursos, gerida por Paulo Bodin, passou a deter, por meio de fundos de investimento sob sua gestão, a posição agregada de 20.698.981 ações ordinárias, equivalente à participação de 5,56% do capital social da companhia, considerando a posição de 2.520.441 ações tomadas em operações de empréstimo de ações.
No comunicado, Rodrigo Tostes, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Light, destacou que a Tempo Capital não participa de qualquer acordo ou contrato que determine o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da empresa, ressalvado pelos contratos relativos às operações de empréstimo de ações, e que suas operações não objetivam alterar o controle da companhia.
Disputa no Conselho de Administração
Em outro comunicado, a Light destacou que a gestora vai indicar uma chapa alternativa para o seu conselho de administração durante assembleia agendada para 30 de abril.
Com nove membros no conselho, a gestora propõe a substituição de Helio Calixto da Costa e Helio Paulo Ferraz por Raphael Manhães Martins e Ricardo Reisen Pinto.
Ainda seriam mantidas as indicações de José Luiz Alquéres e a reeleição de Firmino Sampaio Neto, Abel Rochinha, Luiz Paulo de Amorim, Pedro Borba e Karla Dolabella, CEO da Emae, que tem como dona a FIP Phoenix, e que tem entre seus cotistas o investidor Nelson Tanure – principal acionista da Light.
Na assembleia ainda será discutida a duração dos mandatos dos nomeados. Conforme o atual estatuto social da empresa, todos eleitos têm mandato unificado de dois, mas a ideia é que seja válido a partir da eleição até a data da próxima assembleia geral ordinária, que vai deliberar sobre as demonstrações financeiras da companhia referentes ao exercício social a se encerrar em 31 de dezembro de 2026.