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Petrobras busca óleo e gás “novos” em cenário desafiador – Edição do dia

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Foto: Agência Petrobras
Foto: Agência Petrobras

Reportagem do Valor Econômico indica que a Petrobras, que responde sozinha ou em consórcio com outras empresas por quase 90% da produção nacional de petróleo e gás, segue de perto os desdobramentos da guerra tarifária aberta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acentuou a volatilidade nos preços da commodity nas últimas semanas. Na sexta-feira (11), o barril fechou a US$ 64, alta de 1,96% sobre a véspera, mas ainda assim acumulou queda de 13,66% desde 2 de abril, o chamado “dia da libertação” de Trump.

(…) Se a curto prazo as atenções estão voltadas para a alta volatilidade dos preços, a médio e longo prazos a Petrobras tem outras preocupações. Trabalha para assegurar volumes de produção que mantenham o país como grande exportador de petróleo e evitem a dependência de importações.

A estratégia da empresa é assegurar volumes adicionais de óleo e gás por meio da reposição de reservas. Há dois caminhos para atingir esse objetivo: um é a exploração de novas fronteiras, sendo a principal delas a Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, que depende de uma licença ambiental do Ibama ainda incerta. O outro mira o aumento de produtividade de campos em operação. O foco neste caso está nas bacias de Campos (RJ) e Santos (SP), as principais do país.

Eletrobras começa a receber pedidos por voto múltiplo na eleição ao conselho de administração

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Eletrobras começou a receber pedidos de sua base acionária para adoção do voto múltiplo na eleição do novo conselho, que acontece em assembleia geral no dia 29 de abril. Para que o formato seja adotado, conforme resolução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), acionistas com mais de 5% dos votos devem formalizar o pedido junto à companhia. De acordo com a reportagem, isso ainda não aconteceu.

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Neste formato, os votos de cada acionista são multiplicados pelo número de candidatos e alocado livremente, tornando o processo mais complexo e abrindo espaço a arranjos de votação que, na prática, podem aumentar a participação de acionistas com posições menores no quadro acionário.

Em carta encaminhada à companhia na tarde da última quinta-feira (10/4), dez acionistas (cinco fundos e cinco pessoas físicas) formalizaram o pedido por voto múltiplo. Trata-se dos fundos Geração L. Par, Tempo Capital, RPS, Clave, Solana e dos acionistas Hagop Guerekmezian, Hagop Guerekmezian Filho, Karoline Guerekmezian, Kathleen Guerekmezian e Regina Guerekmezian.

Brasil precisará mais que duplicar produção de energia mesmo com meta ambiental fraca

O Brasil precisará aumentar sua capacidade instalada de eletricidade para 574 GW (gigawatts) até 2050, mesmo se o país não cumprir sua meta de zerar as emissões de gases do efeito estufa até lá. Os dados são de um relatório da Bnef, o braço da Bloomberg de pesquisas sobre transição energética, informa a Folha de S. Paulo.

Hoje, a capacidade instalada do país é de 235 GW e, no cenário de zero emissões até 2050 esse valor precisará subir para cerca de 842 GW, destaca a reportagem. A capacidade instalada é a quantidade de energia que o país conseguiria produzir se todas as suas instalações operassem em plena capacidade ao mesmo tempo. Isso, no entanto, não costuma acontecer, seja porque térmicas não são sempre acionadas ou porque não há sol e vento todos os dias.

O cálculo da Bnef leva em conta que a demanda por algumas tecnologias dependentes de eletricidade crescerá no país motivada pela queda dos preços. A organização calcula, por exemplo, que os carros elétricos já são mais baratos no Brasil para aqueles motoristas que percorrem mais de 16 mil quilômetros por ano – e essa diferença deve se tornar cada vez maior nos próximos anos.

Onde está o tesouro dos minerais para carros elétricos e transição energética no Brasil?

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que a corrida pela transição energética e por tecnologias mais avançadas, inclusive as de carros elétricos, atraiu a atenção do mundo para os chamados minerais críticos — e, entre eles, as terras raras.

Por elas, o presidente dos EUA, Donald Trump, cogita até o uso de força militar, como disse em entrevista à NBC News, no dia 29 de março, sobre os planos de anexar a Groenlândia. A reportagem explica que essa riqueza subterrânea não é exclusiva da gigantesca ilha no Ártico.

O Brasil tem, conforme o Ministério de Minas e Energia (MME), a terceira maior reserva de terras raras do mundo, além de possuir outros minerais críticos. O Estadão produziu gráficos, incluindo um mapa interativo, para mostrar onde o país abriga explorações e qual é a participação delas nas reservas e na produção mundial.

Os dados têm como base o Guia para o Investidor Estrangeiro em Minerais Críticos para a Transição Energética no Brasil, publicado em março pelo MME. O levantamento destaca 48 projetos em nove Estados de quatro regiões. Eles são mais numerosos em Minas Gerais (13), na Bahia (12) e no Pará (10).

A fatia mais significativa das operações tem como alvo o cobre (13). Esse componente é usado em equipamentos de geração de eletricidade a partir de fontes renováveis, como parques eólicos e solares, além de ser essencial para baterias. Facilita o desenvolvimento de aparelhos mais eficientes energeticamente, desde veículos elétricos até trens de alta velocidade.

Diretor-geral da Aneel diz que Enel SP melhorou, mas é preciso avaliar se é suficiente

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirmou na quinta-feira (10/4) que a Enel São Paulo tem melhorado a sua performance operacional desde que a reguladora emitiu termo de intimação que pode levar à recomendação de caducidade da concessão. No entanto, ele disse que é preciso avaliar se a melhora tem sido suficiente o bastante para encerrar esse processo.

“Nós exigimos, via fiscalização, um conjunto de padrões, melhorias de processos, melhorias de indicadores, e isso, de alguma forma, está acontecendo (…). Melhorou, sim (a performance). O que nós estamos a trabalhar é o quão melhorou e em que ponto isso é suficiente para que o processo de intimação seja encerrado”, disse em entrevista após participar do Fórum Brasileiro de Líderes em Energia.

Sandoval disse ainda que não é possível estabelecer um prazo para que o processo seja apreciado pela diretoria da Aneel. (Agência Infra)

ONS: níveis dos reservatórios seguem estáveis em todo o país

O boletim do Programa Mensal da Operação (PMO) para a semana operativa que vai dos dias 12 a 18 de abril apresenta uma condição de estabilidade nas projeções de Energia Armazenada (EAR) ao final do mês ante as revisões anteriores. Três subsistemas seguem com indicação de encerrar o período com armazenamento superior a 65%: o Norte, com 97%; o Nordeste, com 75,6%, e o Sudeste/Centro-Oeste, com 69,4%. O menor percentual deve ser verificado no Sul: 39,2%.

As estimativas de afluência ao final de abril mantêm o padrão verificado em todas as revisões: estão abaixo da média em todos os subsistemas. Os percentuais de Energia Natural Afluente (ENA) esperados para o encerramento do mês são os seguintes: Norte, 79% da Média de Longo Termo (MLT); Sudeste/Centro-Oeste, 74% da MLT; Sul, 56% da MLT; e Nordeste, 27% da MLT.

O comportamento da demanda de carga apresenta um novo padrão na revisão atual, com a perspectiva de redução no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em dois subsistemas. A desaceleração no SIN deve chegar a 1,6% (80.336 MWmed).

As regiões que podem apresentar contração na demanda de carga são o Sudeste/Centro-Oeste, com 3,7% (45.219 MWmed), e o Sul, com 3% (13.518 MWmed). A passagem de frentes frias por estes locais, com redução da temperatura média, é um dos fatores que impactam estes números. O Norte e o Nordeste seguem com estimativa de aceleração: 6,4% (7.945 MWmed) e 2,7% (13.653 MWmed), respectivamente.

O Custo Marginal de Operação (CMO) continua zerado nas regiões Norte e Nordeste. Para o Sudeste/Centro-Oeste, a previsão é de R$ 163,42, ao passo que no Sul o valor está em R$ 173,26. Os principais fatores que impactaram os valores do CMO foram a previsão de redução de carga, considerando os dias de feriados na próxima semana, e os dados das usinas térmicas declaradas pelos agentes. (Fonte: ONS)

Setor de energia será muito afetado pelas medidas de Trump, diz ex-conselheiro de Clima do Tesouro americano

A imposição de uma série de tarifas de importação a diversos países do mundo ainda deve levar um tempo para reverberar na economia americana. Mas, diversos setores já estão prevendo problemas com a mudança na política externa americana desde a eleição de Donald Trump para a presidência. Um desses setores deve ser o de energia, especialmente o de renováveis, que vinha em uma crescente de importância com a política de incentivos de Biden, o Inflation Reduction Act (IRA).

“Não acho que o que Trump está fazendo tenha como alvo específico o setor de energia limpa. Mas ele já está sendo afetado por algumas medidas tomadas e certamente será ainda mais por decisões futuras”, comenta Ethan Zindler, ex-conselheiro de Clima e Tesouro dos Estados Unidos. (Valor Econômico)

Conselho da Petrobras elege novo diretor de governança e conformidade

O conselho de administração da Petrobras elegeu, nesta sexta-feira (11), Ricardo Wagner de Araújo para a diretoria de governança e conformidade, para um mandato de dois anos, informou a companhia em comunicado. O cargo, também conhecido como diretor “compliance”, é responsável por garantir que a empresa esteja atuando dentro das normas e leis vigentes. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: A guerra tarifária iniciada pelos Estados Unidos cria um panorama nebuloso para a economia global e prejuízos. Apesar disso, há determinados setores da economia brasileira que podem se beneficiar no cenário de tarifas recíprocas suspensas e dos 125% de sobretaxa sobre bens chineses que entrarem nos EUA.

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O Estado de S. Paulo: Há quatro meses, o governo Lula vende títulos da dívida pública com vencimento aproximado em dez anos a uma taxa real (descontada a inflação) acima de 7%. Durante o segundo governo Dilma Rousseff, entre 2015 e 2016, os juros ficaram nesse patamar durante seis meses em meio às crises política, econômica e institucional que desencadearam o impeachment da então presidente. Economistas dizem que o cenário dificulta a queda do endividamento público, hoje calculado em 76% do PIB. Procurados, o Tesouro Nacional e o Ministério da Fazenda não comentaram.

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O Globo: Um ano após ser lançado no Palácio do Planalto com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa Mais Acesso à Especialistas foi de aposta eleitoral à dor de cabeça para o governo, que ainda não conseguiu que a iniciativa deslanche. Sob nova direção, agora com Alexandre Padilha, o Ministério da Saúde se debruça em uma reestruturação completa da política pública, mirando torná-la uma das marcas do terceiro mandato do petista. O plano inclui até mesmo levar usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar procedimentos, como exames e cirurgias, na rede privada. Também está previsto uma mudança de nome, para um com mais apelo, como forma de popularizá-lo.

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Folha de S. Paulo: A inflação levou 58% dos brasileiros a reduzir a quantidade de alimentos que costuma comprar, segundo pesquisa Datafolha. Entre os mais pobres, o percentual sobe para 67%. De acordo com o levantamento, 8 em cada 10 brasileiros adotaram alguma mudança de hábito em resposta à inflação, como sair menos para comer fora de casa (61%), trocar a marca de café por uma mais barata (50%) e reduzir o consumo da bebida (49%).

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