Os contratos de partilha do pré-sal renderam à União 131,42 mil barris de petróleo por dia em fevereiro de 2025. O montante representa um aumento de 2,6 vezes em relação ao mesmo mês de 2024, refletindo a maior produtividade dos ativos, que devem chegar ao pico por volta de 2030, mas é 1,5% inferior ao de janeiro de 2025.
A queda se deve à redução da participação da União no contrato de partilha de Sépia, o que ocorreu em função do processo de recuperação de custos do earn out – um mecanismo contratual previsto nos leilões dos volumes excedentes da cessão onerosa, que permite à empresa contratada recuperar, com parte da produção, diferenças de valores adicionais pagos à União, caso o valor do preço do Brent seja superior ao inicialmente estimado.
O campo de Mero segue como o maior produtor de petróleo da União, respondendo por 64% do total. A União tem participação em oito contratos de partilha e nos Acordos de Individualização da Produção (AIPs) das áreas não contratadas de Atapu, Mero e Tupi.
Apesar da menor produção direcionada à União em fevereiro em função do earn out, o pré-sal teve aumento de 4% entre janeiro e fevereiro de 2025, totalizando 1,19 milhão de barris de petróleo por dia. Na comparação com fevereiro de 2024, a produção foi 20,2% maior.
Segundo a Pré-Sal Petróleo (PPSA), estatal que gerencia pela União os contratos de partilha, o aumento na produção de petróleo se deve à melhoria na eficiência operacional de Búzios.
Desde 2017, início da série histórica, a produção acumulada em regime de partilha de produção ultrapassa 1,1 bilhão de barris, sendo Búzios o maior produtor. A parcela acumulada da União soma 70,16 milhões de barris neste período.
Gás natural
Em gás natural, os contratos do pré-sal renderam à União em fevereiro de 2024 246 mil m³ por dia, oriundos de cinco contratos de partilha e do AIP de Tupi. O resultado é 59% inferior ao de janeiro, em função de paradas da exportação em Búzios e também da redução dos volumes de Sépia, campo que responde por 49% da parcela de gás da União.
A expectativa é de retomada gradual dos volumes nos próximos meses, considerando que o retorno da exportação em Búzios já ocorreu em abril de 2025 e que o Earn Out é um ajuste temporário previsto nas regras dos contratos de partilha de produção.
Na comparação com fevereiro de 2024, a parcela da União foi 12,7% maior.
Desde 2017, a exportação acumulada de gás em regime de partilha de produção soma 3,4 bilhões de m³. A parcela acumulada da União soma 229 milhões m³.