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Bolt Energy avalia compra de térmica a biomassa no Rio Grande do Sul

Térmicas
Bolt avalia compra de térmicas / Freepik


A Bolt Energy Comercializadora de Energia analisa a compra da termelétrica Cambará, de 50 MW, a ser instalada na cidade de Cambará do Sul, no Rio Grande do Sul. A aquisição foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e não teve valores divulgados.

De responsabilidade das empresas Omega Engenharia e Urbana Participações Imobiliárias, a usina utiliza biomassa de reflorestamento como fonte energética e não teve as obras de implantação iniciadas.

O empreendimento tem contratos de comercialização de energia elétrica no ambiente regulado (CCEARs) oriundos do leilão de energia nova A-6 de 2017, com início da operação comercial previso inicialmente em 1º de dezembro de 2020.

No entanto, o projeto aderiu ao mecanismo excepcional de regularização, que possibilitou a postergação do prazo de implantação previsto na outorga de geração em até 36 meses a contar da publicação da mencionada norma, o que ocorreu em 13 de julho de 2023. Com isso, a data limite para entrada em operação comercial da UTE Cambará passou a ser 13 de julho 2026.

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Ao órgão antitruste, o grupo Bolt destacou que a operação representa uma oportunidade de crescimento em setores que já são objeto de sua atuação.

Por sua vez, as vendedoras destacam que a operação é uma oportunidade de desinvestimento da UTE Cambará para um player já ativo nos mercados de geração e comercialização de energia elétrica, com condições técnicas e financeiras para implantar o empreendimento.

>> Rede D’Or analisa compra da Bolt Retail para entrar no mercado atacadista de energia

Aval para a CPFL

O Cade ainda aprovou a venda das Centrais Elétricas da Paraíba (Epasa), detidas pela CPFL Geração de Energia, para a EBrasil Gás e Energia. O acordo foi anunciado no final de maio pelo grupo CPFL.

A EBrasil já detém atualmente ações representativas a 44,12% do capital social total e, após a operação, passará a deter 97,46%.

A Epasa é uma produtora independente de energia, proprietária das UTEs Termonordeste e Termoparaíba, não operacionais e que somam 342 MW de capacidade instalada.

Para o Cade, o grupo EBrasil destacou a oportunidade de aumento de sua participação acionária na Epasa, ação em linha com sua estratégica comercial. Já a CPFL disse que a alienação de sua participação possibilitará a realocação de recursos em outros projetos de seu interesse.

Autorização para a Copel

O órgão antitruste também deu aval para a Energo-Pro Brasil comprar a hidrelétrica Baixo Iguaçu, detidas integralmente pela Copel Geração e Transmissão. O acordo foi divulgado pelas empresas em fevereiro.

A usina está localizada no Rio Iguaçu, na região sudoeste do Paraná, entre os municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques e está em operação desde 2019.