O Instituto Butantan conseguiu aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para implantar e explorar uma usina térmica a gás natural, de 11, 4 MW, sob o regime de autoprodução de energia elétrica. Localizada em São Paulo, a térmica ainda obteve aval para ser enquadrada na cogeração.
Com as autorizações, a UTE Cogeração tem prazo limite de 54 meses, contados desta quinta-feira, 24 de abril, para entrada em operação comercial das seis unidades geradoras.
Segundo informações do processo, o grupo de motogerador a gás natural recuperará em média 4,8 MW pelo sistema de água quente que abastece os dois chillers por absorção e, também, recuperará 4,2 MW através dos gases de escape pelas caldeiras de recuperação. O chiller é um sistema de refrigeração, utilizado para resfriar ou desumidificar o ar ou outros fluidos.
Assim, além da geração da energia elétrica, a planta proverá água gelada, a partir dos chillers, para ser utilizada na fabricação de vacinas e vapor para a sala das caldeiras.
Em 2024, a autarquia registrou requerimento de outorga (DRO) da planta. Os DROs são um passo anterior à outorga e têm a finalidade de permitir que o agente interessado em um empreendimento solar, térmico ou eólico solicite informação de acesso ao Operador Nacional do Sistema Elétrico, bem como as licenças necessárias.
Segurança de barragens
A Aneel abriu consulta pública para colher subsídios e informações adicionais com vistas à alteração da Resolução Normativa nº 1.064/2023, que estabelece critérios e ações de segurança de barragens associadas a usinas hidrelétricas fiscalizadas por ela. As contribuições serão aceitas até 9 de junho de 2025.
De acordo com a agência, a alteração se faz necessária devido à publicação da Resolução nº 241/2024, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, que estabeleceu critérios gerais de classificação de barragens por dano potencial associado, por volume e por categoria de risco.