Acordos bilaterais

Brasil quer ampliar parceria com Rússia na área da energia

Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Rússia, Vladimir Putin Crédito Ricardo Stuckert PR
Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Rússia, Vladimir Putin / Crédito: Ricardo Stuckert (PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou em reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, que o Brasil tem interesse em ampliar as relações bilaterais para trazer equilíbrio à balança comercial. Um dos focos da ampliação seria a área de energia, com foco principal na experiência do país euroasiático com pequenas usinas nucleares.

Em 2024, o comércio bilateral atingiu recorde histórico, de US$ 12,4 bilhões (aumento de 9% em relação a 2023). Foram US$ 1,4 bilhão de exportações, aumento de 8%, e US$ 11 bilhões de importações brasileiras, crescimento de 9%. Segundo o governo brasileiro, o país tem uma relação comercial importante com a Rússia, importando dois produtos fundamentais, fertilizantes e óleo diesel, e exportando, principalmente, produtos do agronegócio.

“É um comércio bastante deficitário para o Brasil, mas entendemos que o potencial de crescimento é grande. Temos interesse em discutir a área de defesa, a área espacial, a área científico-tecnológica, de educação e, sobretudo, a questão energética”, disse o presidente brasileiro.

De acordo com o governo, o presidente Putin afirmou que as relações entre os dois países estão se desenvolvendo em contatos de alto nível.

Acordos e relações Internacionais

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Lula chegou a Moscou na quarta-feira, 7 de maio, com uma comitiva composta pelos ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), além do presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, e do vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes.

Luciana Santos assinou memorando de entendimento com o ministro de Ciência e Educação Superior da Rússia, Valery Falkov, voltado à promoção da pesquisa conjunta em diversas áreas, como clima, pesquisa polar, biodiversidade, biotecnologia, pesquisa nuclear, ciência e tecnologia espacial, tecnologias quânticas, astrofísica, física de astropartículas, pesquisa científica marinha e geodésia.

“Poderemos intensificar uma nova frente de ação, além das tradicionais atividades conjuntas que temos na área nuclear, por meio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e da Companhia Estatal de Energia Nuclear da Rússia (Rosatom), e espacial, por meio da Agência Espacial Brasileira (AEB) e da Roscosmos”, disse a ministra.

A convite do presidente chinês, Xi Jinping, Lula participará da cúpula entre China e países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nos dias 12 e 13 de maio, além de fazer uma visita com assinatura de, pelo menos, 16 atos bilaterais.