Para agosto

CMSE autoriza antecipação de contratos de 2 GW em termelétricas

Reunião do CMSE de maio de 2025 - Foto Ricardo Botelho MME
Reunião do CMSE discutiu condições de abastecimento e liberou antecipação de contratos do leilão de 2021.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) autorizou a antecipação para agosto de 2025 da operação de 10 termelétricas vencedoras do leilão de reserva de capacidade de 2021, cujos contratos entrariam em vigência em julho de 2026.

As usinas somam 2,2 GW em potência instalada, e usam como combustível gás natural, óleo diesel e óleo combustível.

Poderão ser antecipados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) os contratos das termelétricas Parnaíba IV (56,28 MW), Potiguar (48,14 MW), Potiguar III (51,46 MW), Global I (136,4 MW), Global II (136,4 MW), Viana (174,6 MW), Geramar I (165,87 MW), Geramar II (165,87 MW), Termorio (1 GW) e Ibirité (226 MW).

A MegaWhat apurou que a antecipação dos contratos é uma das medidas tomadas para ajudar a mitigar o risco de déficit de potencia a partir do segundo semestre do ano, devido ao cancelamento do leilão que aconteceria em junho e contrataria disponibilidade de usinas para a partir de setembro. Outras medidas ainda devem ser tomadas, como antecipação do despacho de térmicas a gás natural liquefeito (GNL) e aumento da importação da Argentina.

Impacto no Sistema Interligado Nacional (SIN)

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A reunião do CMSE também tratou da situação do subsistema Sul, que apresenta nível de armazenamento inferior aos demais do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Segundo fontes, não está descartado o despacho fora da ordem de mérito nos próximos meses, a depender da evolução da situação do Sul.

Para mitigar os riscos relacionados à baixa afluência na região, foi recomendado que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) intensifique ações junto aos agentes para reduzir as defluências mínimas de usinas hidrelétricas nas bacias.

Além disso, o ONS deverá maximizar a transferência de energia elétrica a partir dos demais subsistemas, podendo despachar geração termelétrica próxima ao centro de carga, com o objetivo de elevar os limites do intercâmbio de energia para o subsistema Sul, ou substituir esse despacho por outros recursos energéticos competitivos locais.

Mesmo no melhor cenário para maio, a energia armazenada do Sul não deve superar 35% da capacidade máxima. No Sistema Interligado Nacional (SIN), por sua vez, o armazenamento deve chegar ao fim do mês em 69% a 70% da capacidade.