A Light está otimista com a análise do processo de renovação antecipada de sua concessão no Rio de Janeiro e espera uma evolução em breve. Para Alexandre Ferreira Nogueira, CEO da companhia, o contrato deve trazer condições que garantam as sustentabilidades financeira e operacional da companhia.
O contrato de concessão da Light se encerra em junho de 2026 e a empresa manifestou interesse de renová-la por mais 30 anos em março deste ano, período em que Nogueira elogiou a evolução do novo termo aditivo dos contratos de concessão das distribuidoras, dizendo ser uma evolução em relação ao anterior, principalmente no que tange questões relacionadas às perdas não técnicas.
No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em março do 2025, o crescimento das perdas não técnicas foi 713 GWh, apresentando avanço de 8,8% na comparação anual. Do total, 86,1% foi registrado em áreas consideradas de risco.
Segundo a Light, o aumento decorre, principalmente, das temperaturas médias mais elevadas e do acréscimo no volume de consumo não faturado. Nas áreas de risco, os efeitos do aumento da temperatura se mostram mais intensos, enquanto, nas áreas convencionais, o principal fator está associado ao consumo não faturado, normalmente mais comuns nestas regiões.
Light 1T25
A distribuidora contabilizou lucro líquido de R$ 419 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo prejuízo de R$ 357 milhões do mesmo período do ano anterior.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, da sigla em inglês) ajustado somou R$ 579 milhões, alta de 94,0%.
A receita líquida da empresa no trimestre somou R$ 3,74 bilhões, crescimento de 12,7%.
Já a dívida bruta encerrou o período em R$ 6,2 bilhões, com redução de 38,3%, reflexo da reestruturação do endividamento com a entrega dos novos instrumentos, em conformidade com as condições aprovadas no plano de recuperação judicial.
O mercado faturado ajustado alcançou 6.957 GWh, elevação de 2,2%, justificado pelo aumento da temperatura média e crescimento da economia do Rio de Janeiro. O destaque ficou para a classe residencial, que cresceu 36%, seguido pela comercial (29%) e indústrias (18%).
Também houve alta de 44,9% na energia comercializada, saindo de 504 MW médios para 730 MW médios.
No trimestre, a participação estimada da geração distribuída compensada e simultânea foi de 5,6% do mercado total da distribuidora, apresentando crescimento de 131 GWh ou 50,5%. O avanço foi impulsionado pelo crescimento de 24% na capacidade instalada na área de concessão da Light, que atingiu 639 MW em março de 2025.