
Reportagem do Valor Econômico indica que, após sete anos de idas e vindas, o processo de venda da Braskem, maior petroquímica brasileira, volta a avançar com a oferta apresentada pelo empresário Nelson Tanure à Novonor.
A primeira etapa das negociações foi bem-sucedida: em sua proposta, Tanure acomodou interesses da antiga Odebrecht – que busca permanecer como sócia da companhia, com uma fatia de ao menos 3,5% segundo os termos recém acertados – e simplificou as tratativas ao prever a manutenção do atual acordo de acionistas, firmado entre Novonor e Petrobras.
Agora, o poder de decisão está nas mãos da estatal e dos bancos credores da holding. A reportagem explica que as ações que pertencem à Novonor estão nas mãos de cinco bancos – Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Santander e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), dadas em garantia a dívidas de cerca de R$ 15 bilhões. Portanto, sem o aval das instituições financeiras, não haverá venda.
Segundo fonte do Valor, não está nos planos de Tanure comprar dos bancos a dívida da antiga Odebrecht para convertê-la em participação acionária. A intenção é conduzir um processo de renegociação, incluindo redução do passivo, eventual participação acionária na Braskem e alongamento do prazo do saldo, “como foi na Light”, disse. Faz parte da proposta ainda que a Petrobras permaneça na sociedade. A estatal é dona de 36,1% da Braskem e tem uma fatia de 47% das ações ordinárias.
Baixa diversidade de mercados de minerais críticos pode prejudicar indústria, diz AIE
Os mercados de minerais críticos correm o risco de disrupções depois que se tornaram mais concentrados, particularmente em refino e processamento, e com a disseminação de restrições à exportação, disse a Agência Internacional de Energia (AIE) em um relatório na última quarta-feira (21/5).
O uso de minerais críticos aumentou nos últimos anos, impulsionado por projetos de transição energética, como veículos elétricos, armazenamento de baterias, energias renováveis e redes elétricas, enquanto o setor se consolidou em alguns poucos, e grandes, players. (Folha de S. Paulo)
Raízen amplia venda de ativos e já vê interesse por refinaria na Argentina
A Raízen, braço de energia renovável do Grupo Cosan em parceria com a Shell, está ampliando o escopo de ativos à venda e já tem interessados para sua operação na Argentina. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o movimento responde a uma pressão em seu caixa, diante de um endividamento elevado da companhia, que hoje é um dos maiores problema do Grupo Cosan. Segundo fontes entrevistadas, a previsão é que a companhia levará dois anos para colocar a casa em ordem.
A multinacional de commodities Trafigura, de Cingapura e com unidade em Montevidéu, e a anglo-suíça Glencore, que além de mineração também atua no segmento de commodities, estão entre as que avaliam a refinaria argentina da Raízen neste momento.
O BTG Pactual recebeu mandato para conduzir a venda, ainda de acordo com fontes da reportagem. Procurados, Trafigura, Glencore e BTG Pactual não comentaram.
Hidrogênio fica na sala de espera em meio a indefinições nos EUA, Europa e Brasil
Reportagem da Agência Eixos destaca que, por mais que alguns queiram decretar a morte de uma indústria que sequer nasceu, o setor de hidrogênio de baixo carbono está em movimento e vive hoje o que se pode chamar de um processo de depuração e amadurecimento.
O entusiasmo inicial — o tal hype — deu lugar a uma etapa mais crítica, de revisão estratégica, aperfeiçoamento dos projetos, enquanto se espera por sinais claros de políticas públicas capazes de desenhar um mercado sustentável e estimular a demanda necessária para viabilizar investimentos de longa amortização.
Projetos estruturantes nos Estados Unidos, na União Europeia e no Brasil enfrentam um compasso de espera devido à incerteza regulatória.
Trump assina ordens executivas para mais incentivo a programas nucleares
O portal Petronotícias informa que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ordens executivas na semana passada, iniciando um processo de crescimento da geração nuclear nos EUA, para acompanhar o crescimento da necessidade de energia que o país terá para desenvolver a infraestrutura da inteligência artificial. Os Estados Unidos vão incentivar não apenas a construção de grandes centrais nucleares, mas também pequenos reatores.
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: O aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pegou o setor bancário de surpresa, gerando críticas tanto pela forma como foi feito quanto pelo impacto que terá no crédito a empresas. A medida eleva o custo para as companhias em um momento em que as despesas financeiras já estão altas, por causa do nível dos juros.
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O Globo: O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estima que o valor do ressarcimento dos descontos indevidos aos aposentados e pensionistas do INSS deve ser de até R$ 2 bilhões. Esse total de recursos representa cerca de um terço das deduções realizadas desde março de 2020, de R$ 5,9 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo governo. “Até pelo número de reclamantes, fizemos umas ponderações e chegamos a uma conta. Eu acredito que vai dar entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões”, disse Haddad, em entrevista ao Globo.
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Folha de S. Paulo: Centenas de projetos de infraestrutura de transportes e concessões planejadas para 2025 e 2026 correm o risco de ter seus cronogramas comprometidos por limitações de pessoal. Órgãos do próprio governo federal apontam falta de funcionários qualificados e em postos-chave para dar conta do volume de trabalho planejado.
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O Estado de S. Paulo: No Brasil, 54% dos gestores afirmam que os empregados aproveitam o horário de descanso, como a pausa do almoço, para apostar. Sobre o impacto no ambiente de trabalho, 66% apontam que o vício compromete a saúde mental e física da equipe. Outros problemas detectados pela chefia: queda na produtividade (relatada por 59%), aumento da rotatividade (21%) e piora na reputação da empresa (16%).