
A Klabin fechou acordo de autoprodução por equiparação com a Maracanã Geração de Energia, subsidiária da Engie Brasil. O acordo envolve projeto eólico no município de Gentio do Ouro, na Bahia e foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nesta segunda-feira, 26 de maio.
Conforme processo, não há necessidade de aprovação de outros órgãos reguladores. As empresas não divulgaram informações sobre o valor ou volume a ser contrato.
Ao Cade, a Engie disse que a operação representa uma oportunidade de negócio, seguindo sua linha de estratégia de desenvolvimento, implantação e operação de projetos de geração, em especial em projetos de fontes renováveis.
A Klabin, por sua vez, disse que a operação contribui para suprir parcialmente sua demanda por energia elétrica, mantendo seus compromissos com sustentabilidade, redução da emissão de gases de efeito estufa e garantia de suprimento a custos competitivos.
Klabin papéis
O grupo Klabin atua no setor de papel e celulose e no segmento de ativos florestais. A companhia está presente nos estados do Paraná, de Santa Catarina e de São Paulo.
Conforme informações do seu site, a meta da empresa é alcançar 92% de participação de fontes renováveis na matriz energética e 100% de compra de energia certificada proveniente de fonte renovável até 2030.
Maracanã e as eólicas
Segundo o processo, o acordo com a Klabin envolve Sociedades de Propósito Específico (SPEs), a serem constituídas e controladas pela Maracanã Energia. A companhia será detentora de nove SPEs de geração de energia eólica no município de Gentio do Ouro, na Bahia.
No estado, a Engie detém o complexo eólico Serra do Assuruá, composto por 24 parques, 188 aerogeradores, num total de 846 MW de capacidade total instalada. A implantação do complexo começou em março de 2023 e a expectativa é que esteja totalmente operacional no segundo semestre de 2025.
A maracanã atua no desenvolvimento de estudos, projetos e planejamento para a construção de empreendimentos de geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis. A geradora foi adquirida pela Engie em junho de 2022.
Em 2023, o Cade aprovou a compra, pelo Itaú Unibanco, de 49,99% de participação na Maracanã Geração de Energia.