A entrada em operação comercial da termelétrica GNA II, de 1,67 GW de capacidade, elevou a 1,8 GW a expansão da capacidade de geração de energia elétrica no Brasil em maio. Conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o país registrou um aumento de 3,9 GW na matriz elétrica brasileira nos primeiros cinco meses do ano.
Também entraram em operação comercial outras duas termelétricas (78 MW), três eólicas (45 MW) e uma pequena central hidrelétrica (22,70 MW).
Doze estados nas cinco regiões do Brasil tiveram empreendimento liberados para operação comercial de janeiro a maio de 2025. Os destaques, em ordem decrescente, foram o Rio de Janeiro (1.672,60 MW), a Bahia (514,20 MW) e o Mato Grosso do Sul (485,13 MW).
Em 6 de junho, o Brasil somou 212.291,5 MW de potência fiscalizada, sendo 84,42% da potência instalada de fonte renovável.
Térmicas da GNA
A usina é a maior termelétrica movida a gás natural no país, representando aproximadamente 10% da geração a gás natural na matriz elétrica nacional. Ela integra o complexo do Porto de Açu, onde está localizada também a UTE GNA I, com 1,3 GW. O conjunto é o maior do gênero em operação na América Latina.
O Complexo GNA compreende ainda um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) com capacidade para 28 milhões de metros cúbicos/dia. A implantação da GNA II envolveu investimentos totais na ordem de R$ 7 bilhões, considerando a termelétrica em ciclo combinado, uma subestação e uma linha de transmissão de 500 kV.
O projeto garantiu um contrato de venda de energia de 25 anos no leilão de energia nova A-6 de 2017.
As usinas GNA I e II funcionam em ciclo combinado, sendo composta por três turbinas a gás e uma turbina a vapor, todas fornecidas pela Siemens Energy, acionista da GNA. Também são sócias no projeto as empresas BP e a Spic Brasil.
Acordo no Piauí
A Aneel e a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Estado do Piauí (Agrespi) assinaram um convênio de cooperação técnica voltado ao fortalecimento das atividades de fiscalização dos serviços de distribuição de energia elétrica no estado.
O acordo busca estreitar o relacionamento institucional entre as duas agências reguladoras, ampliando o intercâmbio de informações, conhecimentos e experiências, além de potencializar a atuação conjunta no acompanhamento dos serviços prestados à população piauiense.
De acordo com os termos do convênio, a parceria permitirá que a Agrespi atue de forma colaborativa no apoio às atividades de regulação e fiscalização, sempre em alinhamento com as diretrizes técnicas e regulatórias estabelecidas pela Aneel.