Turnover

Cresce o índice de rotatividade de profissionais no setor de energia

Pesquisa da Fesa Group mostra alta na rotatividade em um mercado aquecido, com escassez de profissionais especializados.

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Pesquisa da Fesa Group mostra aumento na rotatividade de profissionais no setor elétrico e escassez de talentos técnicos e estratégicos.

O índice médio de turnover (taxa de rotatividade de funcionários em uma empresa) do setor de energia atingiu 16,65% em 2024, acima dos 14,07% verificados no ano anterior, segundo levantamento da Fesa Group, empresa de soluções de recursos humanos, feito a partir de informações de 17 empresas de diferentes segmentos.

Os maiores índices de rotatividade foram registrados nos segmentos de geração distribuída (27,8%), comercialização (22,6%), geração (17,7%) e consultoria técnica (17,4%).

Segundo a Fesa, o estudo mostra que a rotatividade de profissionais no setor de energia continua em alta, impulsionada pela busca por inovações tecnológicas e soluções sustentáveis.

Rotatividade e escassez de talentos

“Estamos diante de um mercado aquecido, mas com escassez de profissionais especializados. Reter talentos vai além de manter colaboradores na empresa, é sobre inspirar, criar um ambiente com propósito e investir em lideranças capazes de gerar conexões genuínas”, disse Débora Celeti, responsável pela pesquisa e sócia da Fesa Group especialista nos setores de Energia, Indústria e Infraestrutura.

A escassez de talentos técnicos e estratégicos foi apontada, principalmente, em áreas críticas como projetos, tecnologia e gestão.

Os profissionais buscam mais flexibilidade, propósito, desenvolvimento contínuo e uma cultura de aprendizado, o que tem pressionado as empresas a reavaliarem seus modelos de gestão de pessoas, criando ambientes mais atrativos, com oportunidades reais de crescimento e engajamento.

Problemas de performance

A pesquisa apontou ainda que a performance das empresas tem sido afetada pela combinação das ausências frequentes (absenteísmo) com o presenteísmo, quando o colaborador está presente, mas com baixa produtividade. Os motivos principais são sobrecarga emocional e saúde mensal, que libera o ranking de causas por faltas e ausências.

Segundo Débora Celeti, empresas que oferecem uma experiência positiva para o colaborador, “com foco em bem-estar, reconhecimento e desenvolvimento contínuo, têm mais chances de engajar seus talentos e reduzir os impactos da rotatividade nos resultados do negócio”.