O fator médio de emissão de dióxido de carbono (CO₂) da margem de operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) em abril deste ano foi de 28,9, kg de CO₂ a cada MWh. O fator apresentou crescimento na comparação com os meses anteriores e com o mesmo período de 2024, conforme dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Em janeiro deste ano, o fator médio mensal ficou em 23,7 kg de CO₂ por MWh. Nos meses seguintes, foi de 24,8 kg de CO₂/MWh, e de 21,5 kg de CO₂/MWh – o menor nos quatro primeiros meses de 2025.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o fator médio mensal de 2025 ficou abaixo nos três primeiros meses do ano, e acima em abril. Em 2024, o mês de janeiro apresentou fator médio de emissão de 41,6 kg de CO₂/MWh, em fevereiro de 37,5 kg de CO₂/MWh, em março de 27,8 kg de CO₂/MWh e em abril de 19,4 kg de CO₂/MWh.
Os números estão disponíveis no Sistema de Registro Nacional de Emissões (Sirene), plataforma desenvolvida e mantida pelo MCTI para dar transparência aos dados de emissões de gases de efeito estufa (GEE) do Brasil.
Fator de emissão de CO₂
O fator de emissão de CO₂ associado à geração de energia elétrica no SIN é utilizado para elaborar os inventários corporativos de emissões de GEE e para as reduções de emissões em projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), entre outras aplicações.
Para calcular o fator médio de emissão é considerada a energia gerada que é despachada para o SIN. De acordo com nota técnica que acompanha a publicação dos fatores, a partir de 2025 houve incorporação de novas usinas de geração de energia renovável na base de dados dos cálculos.
Termelétricas a biomassa, conjuntos de usinas solares e conjuntos eólicas – que compartilham um mesmo ponto de inserção na rede do SIN, passaram a ser integralmente consideradas na base de cálculo.
Essas usinas possuem emissões nulas, mas, até dezembro de 2024, apenas as eólicas diretamente conectadas à rede eram contabilizadas.