
A State Grid Brazil Holding lançou nesta segunda-feira, 30 de junho, a pedra fundamental do bipolo Graça Aranha-Silvânia, projeto arrematado em 2023 e que contará com R$ 18 bilhões em investimentos, com conclusão prevista para 2029. O lançamento foi marcado pelo início das obras da subestação conversora Silvânia, com evento realizado em Goiás.
Conhecido pela sigla da subsidiária que o administrará, a Graça Aranha Transmissora de Energia (Gate), a linha é apontada pela empresa chinesa como crucial para melhorar a segurança e estabilidade da rede elétrica brasileira ao mesmo em que ajudará a aumentar a capacidade de interligação entre o Nordeste e o Sudeste/Centro-Oeste.
O projeto engloba a construção de uma linha de transmissão em corrente contínua em ultra alta tensão (800 kV), com 1.468 km — entre as cidades de Graça Aranha (Maranhão) e Silvânia (Goiás), passando por Tocantins—, duas estações conversoras e unidades de apoio em corrente alternada, com capacidade de transmissão de 5 milhões de kW. Segundo a companhia, o ativo atenderá à demanda de, aproximadamente, 12 milhões de pessoas, em diversos pontos do centro-oeste, incluindo Brasília.
Presente no evento virtualmente, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que a obra é fundamental para escoar toda a energia renovável gerada, principalmente, no Norte e Nordeste do país.
O ministro ainda leu uma mensagem do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltando que a infraestrutura vai ajudar o país a consolidar sua posição na vanguarda mundial dos produtores e consumidores de energia limpa e renovável.
“Temos projetos e visão de futuro, consolidado no Novo PAC, um grande plano de obras estruturantes. E temos um sistema interligado que causa inveja no mundo – e que está sendo ainda mais reforçado com este grande investimento. Trata-se de um dos maiores aportes chineses em obras de infraestrutura fora da própria China. Ação que só está sendo possível porque temos um marco regulatório estável, previsível e com credibilidade mundial. E porque estamos fortalecendo o papel dos Brics e mostrando que os fluxos de investimento não precisam se limitar à velha ordem hegemônica”, disse o presidente Lula em seu comunicado.