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Energia limpa avança no agro e fabricantes testam modelos mais tecnológicos e sustentáveis – Edição do dia

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Reportagem da Folha de S. Paulo destaca que a busca pela descarbonização e a adoção de tecnologias limpas na agricultura brasileira, especialmente o etanol, está ocorrendo de forma acelerada no país, seja para reduzir custos no campo ou para atender exigências cada vez maiores do mercado global.

Soluções que envolvem o uso de etanol, biodiesel, gás natural, eletricidade e biometano, com a consequente redução no consumo de combustível fóssil e a ampliação da oferta de energia limpa, ganharam espaço nas feiras agrícolas realizadas no primeiro semestre e em eventos promovidos pelas fabricantes.

Além de modelos mais econômicos, eles poluem menos e isso é importante para grandes propriedades rurais e também para as fabricantes, já que muitas vezes elas não produzem somente para o Brasil, mas também para atender mercados de América do Sul, Estados Unidos, Europa e países asiáticos.

Eneva contrata financiamento de R$ 500 milhões para projeto Azulão

A Eneva anunciou a contratação de um financiamento no valor de R$ 500 milhões junto ao Banco da Amazônia, com repasse de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), para avançar na construção e implementação do Projeto Azulão.

A emissão tem como objetivo o financiamento da construção e implementação da usina Azulão II e da Azulão IV, como parte do escopo do Projeto Azulão 950. Com a contratação desse financiamento, a Eneva atingiu um total contratado de R$ 2,52 bilhões para o Projeto Azulão. (Valor Econômico)

Neoenergia conclui venda de 70% da usina hidrelétrica de Baixo Iguaçu à Copel por R$ 1,05 bilhão

A Neoenergia informou que foi concluída ontem (30/6), a venda de 70% da usina hidrelétrica de Baixo Iguaçu para a Companhia Paranaense de Energia (Copel).

A operação foi fechada pelo valor de R$ 1,05 bilhão, de acordo com a empresa. Com a venda, a Neoenergia não detém mais nenhuma participação em Baixo Iguaçu.

“Essa operação reforça a estratégia de rotação de ativos da companhia com foco em otimização de portfólio com geração de valor, seguindo a disciplina de capital e simplificação de sua estrutura”, comunicou a empresa. (Valor Econômico)

Neoenergia acerta com Biomas e entra no mercado de carbono

A companhia de eletricidade Neoenergia e a Biomas, empresa de projetos ambientais, se uniram para plantar 2 milhões de mudas em área de Mata Atlântica no sul da Bahia, informa o Valor Econômico.

De acordo com a reportagem, o plano envolve recuperar 1,2 mil hectares de área plantada, com mais de 70 espécies nativas até 2027. Com a iniciativa, a Neoenergia ingressa no segmento de restauração florestal, com foco no mercado de carbono. E inaugura a atuação do setor elétrico no segmento.

Criada no fim de 2022, a Biomas é uma empresa de restauração ecológica que tem entre os sócios o Itaú, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale. A companhia se une à Carbon2Nature Brasil, joint venture entre a Neoenergia e o braço de carbono da Iberdrola, a Carbon2Nature. A espanhola Iberdrola é a controladora da Neoenergia.

Agências reguladoras de energia operam com menor orçamento dos últimos dez anos

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) operam com o menor orçamento dos últimos dez anos – um reflexo direto dos cortes no Orçamento determinados pelo governo federal em maio, motivados por frustração de receitas e aumento das despesas do Tesouro Nacional.

Diante desse cenário, ambas adotaram medidas de contenção, que incluem suspensão de programas, restrição no atendimento aos consumidores e demissão de profissionais terceirizados.

Na Aneel, o orçamento encolheu 34% desde 2015 – passando de R$ 177 milhões para R$ 117 milhões. Ao longo do período, houve dois picos de crescimento: R$ 219 milhões em 2018 e R$ 196 milhões em 2023. Contudo, na comparação com 2023, a queda chega a 40%.

Entre os impactos, estão a suspensão do atendimento na Ouvidoria, redução das fiscalizações presenciais, funcionamento da sede em horário reduzido (das 8h às 14h), cancelamento de audiências públicas e eventos presenciais, além da priorização do monitoramento remoto e cortes em contratos operacionais, viagens técnicas e manutenções não emergenciais.

As medidas foram oficializadas em um documento enviado ao Ministério do Planejamento e Orçamento, no qual a Aneel solicita a revisão do contingenciamento e detalha os impactos sobre sua operação.

Na ANP, o orçamento despencou mais de 80% na última década, caindo de R$ 564 milhões em 2015 para R$ 106 milhões em 2025, com cortes sucessivos ano após ano. Com menos recursos, a ANP passou a reduzir custos em programas como as parcerias com universidades para monitoramento da qualidade dos combustíveis. (Canal Solar)

ANP confirma demissão de terceirizados em resposta a congelamento de recursos

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou o corte de 50% dos cargos de secretárias e de estagiários a partir desta terça-feira (1º/7). A informação foi confirmada oficialmente pela agência e envolveu 41 profissionais que prestavam serviço no escritório do Rio de Janeiro.

“Nesse contexto (da crise orçamentária), o contrato de prestação de serviços de apoio administrativo do escritório central do Rio de Janeiro teve redução de 41 postos, o que representa cerca de R$ 1,8 milhões até o final deste ano”, de acordo com informação oficial.

As demissões afetam todas as superintendências, e incluem funções administrativas de apoio às atividades finalísticas. “A agência está tomando uma série de medidas emergenciais diante dos impactos causados pelos recentes cortes orçamentários (…) Diante desse cenário, todos os contratos da ANP passarão por análise e eventuais ajustes”, enfatizou a agência, em nota divulgada ontem (30/6). (Agência Eixos)

Forte onda de calor na Europa causa incêndios florestais e obriga retirada de 50 mil pessoas de casa na Turquia

Bombeiros combateram incêndios florestais na Turquia e na França, ontem (30/6), e mais de 50 mil pessoas foram retiradas de casa enquanto uma onda de calor precoce do verão atinge a Europa.

Alertas de saúde foram emitidos na França, Espanha, Itália, Portugal e Alemanha. Até mesmo a Holanda, acostumada a um clima mais ameno, emitiu um alerta para altas temperaturas nos próximos dias, juntamente com alta umidade. (Valor Econômico – com informações da agência de notícias Reuters)

Justiça dos EUA ordena que Argentina entregue 51% das ações da estatal petrolífera YPF

A Justiça dos Estados Unidos determinou ontem (30/6) que a Argentina transfira 51% das ações da empresa estatal de petróleo YPF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales) para os autores de uma ação judicial contra o país sul-americano sobre a nacionalização da empresa, em 2012.

A juíza de primeira instância Loretta Preska, de Nova York, atendeu a um pedido dos fundos de investimento Burford e Eton Park para transferir as ações Classe D da YPF para uma conta de custódia global no BNYM (Bank of New York Mellon) no prazo de 14 dias a partir desta segunda, de acordo com a decisão acessada pela agência Associated Press.

Preska já havia condenado a Argentina a pagar US$ 16,1 bilhões (R$ 88 bilhões) em danos e juros, que ainda não foram pagos. A decisão desta segunda é um pagamento parcial da dívida. (O Estado de S. Paulo – com agências de notícias)

O caso na justiça americana tem origem na expropriação da YPF pelo governo argentino em 2012. Em 2023, Preska decidiu que a nacionalização violou o estatuto da YPF, que exigia que a empresa fizesse uma oferta pública de aquisição a todos os acionistas, e ordenou que a República pagasse US$ 16 bilhões em indenização e juros. (InfoMoney – conteúdo da agência Bloomberg)

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ao Valor que precisa do corte de pelo menos R$ 15 bilhões em gastos tributários, além das receitas a serem geradas pelo aumento do IOF e da aprovação da Medida Provisória (MP) 1303, para fechar as contas de 2025 e 2026. A MP muda a alíquota para tributação de rendimentos de aplicação financeira e de ativos virtuais no exterior, bem como eleva a taxação sobre bets, fintechs e acaba com isenção de títulos incentivados. Destacou, ainda, a disposição de buscar entendimento com o Congresso.

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O Globo: Depois de um período de enfraquecimento interno, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vive, graças à crise provocada pelo embate em torno do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), um momento inédito de alinhamento político das principais figuras do governo em torno de uma pauta lançada por ele. Na outra ponta, contudo, ampliou o desgaste com o Congresso.

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Folha de S. Paulo: Apesar da resistência de uma ala do governo e do PT, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu brigar na Justiça pela reativação do decreto com elevações no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que foi derrubado na terça-feira (24) pelo Congresso Nacional.

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O Estado de S. Paulo: O governo federal é falho nos programas em que mais gasta dinheiro, de acordo com análise do Tribunal de Contas da União (TCU) nas contas da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2024.

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