A Vestas está analisando a compra de dez projetos eólicos greenfield pertencentes à Eneva, localizados nos municípios de Pedra Preta e Jandaíra, no estado do Rio Grande do Norte. A operação foi formalizada em dezembro de 2024 com a assinatura de um contrato de compra de ações entre as duas empresas.
Nesta quarta-feira, 2 de julho de 2025, a operação recebeu aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O valor da transação não foi divulgado.
Segundo o parecer do órgão antitruste, a Vestas terá até 30 dias, contados a partir do fechamento da operação, para tomar as medidas necessárias junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e apresentar os documentos exigidos para oficializar a transferência das ações.
Desinvestimento da Eneva e estratégia da Vestas
De acordo com a Eneva, a operação integra sua estratégia de desinvestimento em ativos de energia renovável considerados não prioritários, com o objetivo de reforçar o foco em projetos térmicos e na diversificação do portfólio energético.
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Já a Vestas destacou que a aquisição representa uma oportunidade estratégica para expandir seu portfólio de desenvolvimento de projetos eólicos no Brasil, alinhada à sua atuação global no setor de energia renovável.
Parque eólico Santo Expedito
Os projetos analisados estão vinculados ao Parque Eólico Santo Expedito, adquirido pela Eneva em 2022, durante a compra da Focus Energia por R$ 960 milhões. A operação marcou a entrada da Eneva no segmento de geração de energia renovável.
Na época, a Focus Energia possuía um portfólio de 3,7 GWp em projetos renováveis em desenvolvimento, além do Projeto Futura I (671 MW), localizado na Bahia e que entrou em operação em 2023. A aquisição também incluiu os projetos solares Futura II e III, além do parque Santo Expedito, agora em negociação com a Vestas.
Em junho de 2023, a Eneva iniciou uma avaliação para buscar potenciais parceiros estratégicos interessados em sua plataforma de geração renovável. Meses depois, a agência Reuters noticiou que a companhia havia recebido propostas para a venda parcial ou total de seu portfólio de projetos renováveis, o que inclui as usinas atualmente em análise pela Vestas.
