
Os cortes de geração de energia elétrica, conhecidos pelo termo em inglês curtailment, não devem ser um problema significativo para a Vibra, mesmo afetando 15% da geração solar da Comerc no segundo trimestre do ano, segundo o BTG Pactual.
A empresa de energia Comerc teve a totalidade do seu capital social adquirido pela Vibra e integrado aos negócios da distribuidora de combustíveis em janeiro deste ano.
Em relatório enviado a clientes do BTG, os analistas Luiz Carvalho e Gustavo Cunha estimam que a redução da geração solar da Comerc de 15% deve ter um impacto correspondente a R$ 20 a R$ 30 milhões no Ebitda da Vibra, o que representa 1% do estimado no segundo trimestre do ano.
O Ebitda, sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, um indicador financeiro que mostra a capacidade de geração de caixa operacional de uma empresa.
Nos cálculos, os analistas consideram que a Comerc representa, atualmente, cerca de 15% do Ebitda total da Vibra.
Impactos do curtailment na Comerc Energia
Na Comerc, a exposição ao curtailment pode afetar aproximadamente 55% da geração renovável, o que pode representar um risco negativo, ainda não precificado.
Se os cortes de geração continuarem na faixa de 15% da capacidade de geração, com um PLD na faixa de R$ 200/MWh, o valor da Comerc pode ser reduzido em 5%, de acordo com os analistas.
“Não acreditamos que o curtailment vai ter efeitos materiais na Vibra e, apesar de reconhecermos os riscos, continuamos tendo preferencia pelas ações da Vibra, já que a empresa é o nome mais óbvio a se beneficiar da pressão crescente por aumento da fiscalização no setor, particularmente considerando o endividamento elevado do seu negócios de distribuição de combustíveis”, escreveram os analistas do BTG Pactual.
O banco tem recomendação de compra para as ações da Vibra (VBBR3) e preço-alvo e R$ 25, potencial de alta de mais de 13% em relação ao fechamento do pregão desta segunda-feira, 7 de julho, de R$ 22,05.