Data centers

Brookfield vai fornecer 3 GW em hidrelétricas ao Google nos EUA

Hidrelétrica Safe Harbor, de 417,5 MW Divulgação/Brookfield
Hidrelétrica Safe Harbor, de 417,5 MW, vai fornecer energia para o Google no PJM - Foto: Divulgação/Brookfield

O Google anunciou um acordo com a gestora canadense Brookfield, que vai fornecer 3 GW em energia hidrelétrica nos Estados Unidos, em contratos de longo prazo, para a descarbonização das operações da gigante de tecnologia.

O primeiro contrato dentro do Hydro Framework Agreement (HFA) envolve as hidrelétricas da Brookfield Holtwood e Safe Harbor, localizadas na Pensilvânia, que somam 670 MW de capacidade. Pelo acordo, o Google vai investir mais de US$ 3 bilhões nas duas usinas, que serão relicenciadas, em um processo que pode incluir melhorias para aumentar a vida útil das instalações.

No total, o Google poderá aproveitar os mais de 3 GW em hidrelétricas que serão relicenciadas e modernizadas para terem a vida útil prolongada.

O negócio vai ter foco inicial em dois dos operadores de sistema dos Estados Unidos: o PJM, região que contempla 13 estados no meio atlântico, meio oeste e sul dos Estados Unidos e tem 65 milhões de consumidores, e o Miso, área que inclui 15 estados do meio-oeste e sul do país e tem 42 milhões de consumidores. O acordo pode ser expandido para outras regiões.

As duas usinas da Pensilvânia vão reforçar a oferta de eletricidade para as operações do Google no PJM.

Hidrelétricas e data centers

“A energia hidrelétrica é uma tecnologia comprovada e de baixo custo, oferecendo eletricidade confiável, nacional e livre de carbono que gera empregos e fortalece a rede elétrica para todos”, disse Amanda Peterson Corio, chefe da parea de energia para data centers do Google.

Para a Brookfield, o negócio destaca o papel crítico que as hidrelétricas terão para que consumidores ultraeletrointensivos tenham acesso à eletricidade de baixo carbono.

“Será preciso entregar energia elétrica em larga escala e de uma grande variedade de fontes para atender as demandas crescentes por eletricidade da digitalização e da inteligência artificial”, disse Connor Teskey, presidente da Brookfield Asset Management.