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Neonergia vende participação em eólica para a Nexus Ligas

Fachada de prédio da Neoenergia
Fachada de prédio da Neoenergia (Divulgação)

A Neoenergia assinou acordo de autoprodução com a Nexus Ligas e celebrou financiamento com o Banco Europeu de Investimentos (BEI) no valor de 300 milhões de euros, que serão destinados à sua área de distribuição na Bahia.

Os acordos foram divulgados em comunicados ao mercado pela companhia nesta semana.

Autoprodução com a Nexus

Conforme antecipado no início de junho pela MegaWhat, a Nexus, empresa produtora de ligas de manganês, adquiriu participação acionária de 6,87% na sociedade de propósito do projeto eólico Canoas 3 (34,6 MW), da Neoenergia. 

 A conclusão da operação, aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ainda depende de condições precedentes usuais.

A usina faz parte do Complexo Eólico Chafariz, localizado na Paraíba e formado por 15 parques com capacidade instalada total de 471 MW, dos quais 15 MW serão destinados para Nexus pelo prazo de dez anos, a começar a partir de janeiro de 2026.

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Para a Nexus, o uso de “grande quantidade” de energia em seus processos produtivos é o que gerou interesse pela autoprodução devido aos seus benefícios, ajudando a viabilizar o atendimento de parte da sua demanda.

Financiamento para Neoenergia Coelba

Com o BEI, o contrato tem valor de até  300 milhões de euros com prazo de dez anos, sendo dois anos de carência, destinados à realização de investimentos na Neoenergia Coelba, distribuidora de energia da Bahia.

O financiamento, classificado como 85% verde e voltado à ação climática, é parte da iniciativa Global Gateway, estratégia da União Europeia lançada em 2021. Segundo a Neoenergia, esse é o primeiro financiamento sob essa iniciativa para o setor elétrico brasileiro.

A Coelba está entre as 19 distribuidoras que pediram a renovação da concessão, sendo que seu contrato terminará em agosto de 2027. A empresa tem um plano de investimento de R$ 13,3 bilhões em obras de expansão e reforço do sistema elétrico da Bahia até 2027.

No horizonte do plano, o aporte é 40% maior do que o investido nos últimos quatro anos e prevê a construção ou expansão de 71 subestações e mais de 4,3 mil quilômetros de rede de alta e média tensão.