A Scala Data Centers concluiu sua primeira operação internacional de project finance, assegurando US$ 254 milhões em financiamento de longo prazo para a construção de três data centers hyperscale e uma importante subestação de energia no Chile. Somado a uma linha de crédito para financiamento de IVA, o pacote total de financiamento chega a US$ 328 milhões.
A operação foi viabilizada por um consórcio de quatro bancos globais – MUFG, SMBC, BNP Paribas e Natixis – sendo o MUFG também o assessor financeiro da empresa. Esta é a primeira operação estruturada da Scala fora do Brasil e sua primeira emissão de dívida internacional rotulada como verde. A operação foi desenhada em conformidade com o Green Bond Framework da companhia.
Diferente dos modelos tradicionais, estruturados por meio de Sociedades de Propósito Específico (SPEs), a Scala utilizará sua estrutura corporativa já existente no Chile. A transação passou por um processo de due diligence em múltiplas jurisdições legais, incluindo Estados Unidos e Chile.
O projeto contempla a expansão da presença da Scala em Curauma (já operacional), Lampa e Huechuraba 2, além da construção da nova subestação Nova Lampa – essencial para garantir o fornecimento confiável de energia renovável. Com 23 MW de capacidade de TI já contratada e outros 30 MW contratualmente reservados para expansão futura sob acordos pré-estabelecidos com hyperscalers, a operação oferece flexibilidade estratégica e escalabilidade financeira.
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“Esta transação representa uma evolução estratégica na forma como financiamos e escalamos a infraestrutura digital na região. É mais do que um acordo financeiro – é um sinal ao mercado de que a Scala entrega excelência com transparência e sustentabilidade”, disse Clayton Malheiros, CFO da Scala Data Centers.
Financiamentos da Scala
Além da operação de project finance no Chile, a Scala concluiu duas operações de sale-leaseback (SLB) com a Alianza em 2024, liberando mais de US$ 70 milhões para ativos no Brasil.
Em 2025, a Scala também obteve um empréstimo de R$ 180 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para apoiar a aquisição e instalação de componentes críticos de infraestrutura – sendo este o primeiro financiamento concedido pelo banco de fomento especificamente ao setor de data centers. A empresa ainda emitiu mais US$ 803 milhões emitidos em debêntures verdes no Brasil, realizadas em três rodadas, sendo a mais recente em setembro de 2024.
