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Comercializadoras começam a vender energia para consumidores em baixa tensão no mercado livre – Edição do dia

Comercializadoras começam a vender energia para consumidores em baixa tensão no mercado livre – Edição do dia

Foto-Pexels-rodolfo
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Algumas comercializadoras de energia no mercado livre já começaram a fazer propostas comerciais a consumidores industriais ligados nas redes de baixa tensão das distribuidoras locais, disseram fontes do setor à Agência Infra. O movimento conta com a abertura do mercado para esse segmento de consumo a partir de agosto de 2026, determinada pela MP (Medida Provisória) 1.300/2025, publicada em maio.

De acordo com interlocutores, os contratos seriam vinculantes à aprovação da regra. O texto da MP prevê duas fases de abertura: agosto de 2026 para indústrias e comércios em baixa tensão; e dezembro de 2027 para consumidores residenciais.

A primeira janela de migração seria a mais atrativa para os comercializadores varejistas, analisam fontes. Isso porque as indústrias e estabelecimentos comerciais têm consumo mais elevado e movimentam valores mais altos, estando mais propensos à migração para o mercado livre.

Data centers vão guiar investimentos em energia

Reportagem do Valor Econômico destaca que o interesse de empresas de data centers no Brasil abre oportunidades para que empreendedores de geração renovável e de transmissão de energia possam avançar com novos projetos para atender à demanda de eletricidade desse segmento.

A chegada desses centros de dados também vai exigir das autoridades um novo olhar para o planejamento da expansão da oferta de energia, na visão de especialistas. As projeções de aumento de consumo são variadas, mas há um ponto em comum: a evolução da demanda é na casa de gigawatts (GW) e vai exigir investimentos significativos por parte do setor.

Lei que nasce velha, texto do licenciamento ignora crise do clima

Em análise ao projeto de lei (PL) que altera as regras do licenciamento ambiental no Brasil, aprovado ontem (17/7) pela Câmara dos Deputados, a jornalista Daniela Chiaretti, do Valor Econômico, argumenta que em nenhum momento no PL 2.159/2021, a palavra clima é mencionada. Diz a jornalista: “É um termômetro do texto que pretende modernizar o rito de como se autorizam obras e atividades econômicas no país, segundo o argumento de setores mais conservadores do agronegócio, da mineração e da indústria, fortes defensores da proposta.

No entender de Daniela Chiaretti e de ambientalistas, a falta de menção à emergência climática em que o mundo se encontra indica o rumo dessas regras, que olha para um Brasil do passado e é entendido como um dos mais graves retrocessos socioambientais da história.

“Clima não é assunto para uma lei fundamental ao sistema de proteção ambiental do país”, ironiza Suely Araújo, ex-presidente do Ibama e atual coordenadora de políticas públicas do Observatório do Clima, a maior rede brasileira de entidades e movimentos preocupadas com clima e desenvolvimento. “É uma vergonha, em 2025. É uma lei gestada de jeito a nascer velha.”

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) foi uma das várias entidades da sociedade civil -incluindo aí setores da indústria e do comércio ao lado de ambientalistas, povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais- a se opor ao que chamam de “Lei da Devastação”. Reunindo o aval de mais de 160 instituições, a SBPC lançou manifesto mostrando o que o PL faz, na análise da ciência: fragiliza regras e mecanismos de análise, controle e fiscalização de empreendimentos e atividades potencialmente degradadoras e poluidoras.

Raul Lycurgo deixa presidência da Eletronuclear

À frente da Eletronuclear desde dezembro de 2023, Raul Lycurgo deixou o comando da estatal, na quarta-feira (16/7), e será sucedido, interinamente, pelo diretor técnico Sinval Zaidan Gama, que acumulará as duas funções.

A nova mudança no comando da Eletronuclear — Gama será o terceiro presidente desde outubro de 2022, quando Eduardo Grand Court assumiu a posição — vem em meio às notícias sobre a potencial saída da Eletrobras do quadro acionário da empresa, que acumula dívida bilionária, e às incertezas quanto à retomada das obras da usina de Angra 3. (Valor Econômico)

EDP anuncia R$ 5 bi em investimentos no ES após renovação da concessão por 30 anos

A distribuidora EDP Espírito Santos firmou na quarta-feira (17/7) um novo contrato de concessão com validade de 30 anos e anunciou que pretende investir R$ 5 bilhões em expansão e modernização da rede elétrica no estado até 2030.

A assinatura ocorreu durante cerimônia no Palácio Anchieta, em Vitória, com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), do governador Renato Casagrande (PSB), do CEO da EDP na América do Sul, João Brito Martins, além de outras autoridades.

O aumento do investimento será direcionado, de acordo com a distribuidora, à melhoria do atendimento ao consumidor, à ampliação da digitalização e automação da rede, ao fortalecimento da infraestrutura de distribuição, com foco na resiliência das redes e na adaptação aos impactos das mudanças climáticas. (Agência Eixos)

Origem Energia planeja investir R 3,9 bilhões em estocagem de gás e termelétricas do LRCAP

A Origem Energia planeja investir R$ 3,9 bilhões, US$ 700 milhões no câmbio atual, em projetos de termelétricas e de estocagem de gás no estado de Alagoas, anunciou o CEO Luiz Felipe Coutinho, em evento promovido pela companhia em Maceió (AL).

Os projetos de geração termelétrica vão disputar o LRCAP (Leilão de Reserva de Capacidade na forma de Potência), ainda em preparação pelo Ministério de Minas e Energia (MME) após adiamento em junho. As térmicas, a serem instaladas em cima do poço, no modelo “reservoir-to-wire”, (do reservatório para o fio) respondem pela maior parte do investimento, R$ 2,8 bilhões (US$ 500 milhões). “O objetivo é tornar Alagoas uma bateria do sistema elétrico brasileiro”, afirma Coutinho.

Mais encaminhado, o projeto de estocagem subterrânea de gás natural conta com um joint venture com participação da transportadora TAG e está orçado em R$ 1,1 bilhão (US$ 200 milhões). A iniciativa obteve na terça-feira (15/7) a licença ambiental prévia do IMA (Instituto do Meio Ambiente de Alagoas), a primeira das três necessárias para o licenciamento completo. Falta, ainda, a autorização da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). (Agência Infra)

Calculadora do BB mostra redução em conta de luz para incentivar crédito a placa solar

Como chamariz para financiar placas solares, o Banco do Brasil passou a promover a Broto, plataforma de agronegócio da instituição que, entre outras funcionalidades, oferece uma calculadora que simula a redução na conta de luz de produtores rurais que optarem pela energia solar.

Segundo o banco, o uso dessa funcionalidade mais que dobrou (142% de crescimento) em um ano, gerando novos financiamentos, sobretudo a produtores de maior porte, cujo consumo energético é mais intenso e a economia na conta de luz gera ganho de margem. O ticket médio desses negócios é de aproximadamente R$ 233 mil. (Folha de S. Paulo)

“Janela é muito curta para evitar mudanças climáticas perigosas”, afirma líder norueguês

O país que mais doou dinheiro ao Brasil até agora para proteger a Amazônia afirma que está satisfeito com o resultado do recurso empregado e que a queda do desmatamento de 2023 até aqui garante a continuidade do projeto, ainda que a taxa de derrubada de árvores esteja oscilando para cima agora.

Nesta entrevista ao Valor Econômico, o ministro de Desenvolvimento Internacional da Noruega, Åsmund Aukrust, diz que a presidência da COP30 precisa de apoio. A conferência do clima será realizada em novembro, em Belém.

PANORAMA DA MÍDIA

O Globo: A aprovação da flexibilização das regras de licenciamento ambiental pela Câmara dos Deputados, na madrugada de quinta-feira, colocou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma encruzilhada. De um lado, a ala à esquerda do governo, capitaneada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, cobra o veto ao projeto, que é alvo de críticas de pesquisadores, cientistas e diferentes entidades. Do outro, integrantes do Planalto com viés mais desenvolvimentista, grupo que inclui até petistas como Rui Costa, titular da Casa Civil, defendem que as mudanças podem ajudar a destravar obras pelo país, inclusive com dividendos eleitorais.

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Folha de S. Paulo: O presidente Lula decidiu taxar big techs como parte de um pacote de retaliação contra o tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A declaração foi dada pelo mandatário nesta quinta (17) durante discurso de Lula na abertura do Conune (Congresso da União dos Estudantes), em Goiânia.

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O Estado de S. Paulo:  Em pronunciamento em cadeia de rádio e TV nesta quinta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou que as plataformas digitais têm que se submeter às leis brasileiras. Depois de reclamar da tentativa de intromissão do governo dos Estados Unidos no Judiciário do País, a partir da manifestação do presidente dos EUA Donald Trump, Lula disse que é preciso coibir que as big techs sirvam para disseminação de crimes.

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Valor Econômico: Diante da iminente taxação dos produtos nacionais em 50% pelos EUA, o governo brasileiro trabalha com o cenário de que empresas americanas e brasileiras vão judicializar a decisão. Segundo interlocutores, o Planalto vê sinais de movimentação de grandes empresários e conglomerados para barrar o tarifaço nas Cortes americanas, sob a alegação de não haver precedente econômico que justifique a ação.

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