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Cade aprova permuta de ativos do pré-sal entre Shell e TotalEnergies

Trabalhador em ativo da Shell Brasil
Trabalhador em ativo da Shell Brasil

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a troca de ativos entre a TotalEnergies e a Shell Brasil no pré-sal. A “permuta” foi anunciada no início de junho pela empresa e envolve a saída da TotalEnergies do consórcio de Gato do Mato, ao transferir sua fatia de 20% no projeto, em troca de receber da Shell 3% do campo de Lapa.  

Ambos os ativos estão localizados na Bacia de Santos, em águas profundas do Brasil. De acordo com as empresas, não haverá troca da operadora e líder do consórcio (mantendo a Shell nos ativos Gato do Mato e a TotalEnergies no ativo Lapa). Também não deve haver entrada de novo consorciado. 

O projeto Lapa teve sua comercialidade declarada em 19 de dezembro de 2013 e iniciou a produção em agosto de 2016. Com relação aos ativos Gato do Mato, apesar de terem tido comercialidade declarada em 9 de abril de 2025, a expectativa das companhias é que a produção de petróleo se inicie apenas em 2029. 

“A operação está de acordo com a estratégia e modelo de negócios das empresas, constituindo uma oportunidade de gestão de risco e adequação de portfólio, notadamente pelas companhias condicionarem participação às suas posições operadas”, disseram ao Cade para justificar a operação. 

Em junho, a TotalEnergies informou que a produção de Lapa deve aumentar em 25 mil barris por dia até o final do ano, atingindo a marca de 60 mil barris de óleo por dia. “Esta transação está alinhada com nossa estratégia de focar em projetos de baixo custo e baixa emissão, como Atapu 2 e Sépia 2 no Brasil, sancionados em 2024”, declarou em nota Javier Rielo, vice-presidente de Exploração e Produção da TotalEnergies nas Américas. 

Conforme processo no órgão antitruste, a operação ainda depende de aprovações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Ministério de Minas e Energia.