A Eletrobras informou que atingiu 94% de aderência às práticas recomendadas pelo Código Brasileiro de Governança Corporativa e reformou seu compromisso em seguir “as melhores e mais transparentes diretrizes de governança”.
Os 6%
Entre as práticas ainda não adotadas pela empresa, está a divisão de seu capital social entre ações ordinárias, com direito a voto, e preferenciais classe A e B. A melhor prática recomendada é que existam apenas ações ordinárias, para que todos os acionistas tenham os mesmos direitos.
A Eletrobras também cumpriu apenas parcialmente a recomendação de ter um plano de sucessão aprovado previamente pelo conselho de administração.
Segundo a empresa, “o Comitê de Pessoas e Governança, sob supervisão do presidente do conselho e com o apoio do presidente da Companhia e do vice-presidente de Gente e Serviços, vem trabalhando e analisando estratégias e boas práticas para formulação de processos e recomendação de planos de sucessão para os membros da Diretoria Executiva, que estejam conectados aos desafios, à cultura e à estratégia da companhia”.
Outra recomendação não cumprida se refere às regras para realização de uma potencial oferta pública de aquisição (OPA) das ações da companhia, que tem regras especificas para garantir que continue com capital diluído, sem controlador.
Aprimoramentos na governança
Nos anos de 2024 e 2025, a Eletrobras avançou na governança corporativa ao fixar novas regras claras e objetivas sobre eleição de conselheiros de administração e fiscais, no âmbito do termo de compromisso assinado com a União para encerrar a ação movida contra a administração da empresa no Supremo Tribunal Federal (STF).
Foi também fixado em quatro o limite de acúmulos de posições de conselho de companhias abertas, com regras mais restritivas para a presidência do colegiado, e foi criado um Comitê de Sustentabilidade.
A Eletrobras destacou ainda que seu conselho de administração tem 70% dos membros independentes, faz a avaliação de desempenho anual do conselho e dos membros, assim como a avaliação anual dos membros da diretoria executiva, que têm remuneração variável atrelada ao cumprimento de metas financeiras e não financeiras, incluindo aspectos ESG.