A EDP Espírito Santo, primeira distribuidora de energia a ter o contrato prorrogado pela renovação das concessões, teve seu reposicionamento tarifário aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com efeito médio de 15,53% para os clientes.
Para os consumidores residenciais, da tarifa B1, a alta será de 14,28%, chegando a R$ 789,32/MWh, ou R$ 78,932 a cada 100 kWh consumidos. Os novos índices entram em vigor a partir de quinta-feira, 7 de agosto.
Para os consumidores conectados na alta tensão, o aumento será, em média, de 17,89%, enquanto para os de baixa tensão, a conta subirá, em média, 14,72%.
Os encargos setoriais representaram o maior impacto da revisão tarifária, com efeito de 6,63% no resultado.
Revisão tarifária periódica da EDP ES
O cálculo das tarifas faz parte do processo de revisão tarifária periódica da distribuidora (RTP). Assim como o reajuste tarifário anual, (RTA) a revisão tarifária periódica tem por objetivo atualizar a tarifa de energia elétrica cobrada pela distribuidora e paga pelo consumidor.
A agência realiza uma série de análises e redefine o nível eficiente dos custos operacionais e a remuneração dos investimentos da distribuidora, itens que compõem a Parcela “B” (custos gerenciáveis) da distribuidora, itens que compõem a Parcela “B” (custos gerenciáveis) da tarifa de energia. Os processos de RTP ocorrem a cada quatro ou cinco anos, em geral.
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Cálculo tarifário
Neste processo tarifário, a Parcela A representou 69,66% dos custos da concessionária, com impacto tarifário de 10,16%. O total dos encargos setoriais levou a uma variação no efeito médio de 6,63%.
Entre os itens que contribuíram para esse efeito, a Aneel destaca, principalmente, a variação da cota de CDE Uso, com 4,50% e a variação da cota de CDE GD, com impacto de 1,62%.
Os custos de transmissão impactaram a revisão em 0,90%, enquanto os custos para compra de energia levaram a um aumento de 1,04%. Os componentes financeiros apurados, para compensação nos 12 meses subsequentes, contribuíram com o efeito de 1,19% na atual revisão da EDP ES.
Perdas regulatórias
As perdas técnicas na distribuição foram calculadas levando-se em consideração as características do sistema de distribuição da concessionária, resultando no valor de 6,98% sobre a energia injetada.
O ponto de partida da trajetória de perdas para a EDP ES foi de 13,35% sobre o mercado de baixa tensão medido, com trajetória de redução ao longo do ciclo, de forma que, em 2029, o percentual de perdas regulatórias reconhecidas será de 11,40%.
