
A Pan American Energy anunciou o investimento de US$ 15 bilhões para afretamento e instalação de um segundo navio de liquefação de gás, para exportação de gás natural liquefeito (GNL).
O projeto é uma parceria da Pan American Energy, que detém 30% de participação por meio da Southern Energy, em parceria com YPF (25%), Pampa Energía (20%), Harbour Energy (15%) e Golar LNG (10%). O consórcio, chamado Southern Energy SA, anunciou a decisão final de investimento nesta quarta-feira, 6 de agosto.
O projeto prevê o afretamento do navio MK II, da Golar LNG, por 20 anos. Atualmente, a embarcação está em conversão na China, com previsão de chegada à Argentina em 2028.
O consórcio já tinha um contrato anterior, para o afretamento por 20 anos do barco de GNL Hilli Episeyo, também da Golar LNG. Este contrato deve começar em 2027. Juntas, as embarcações serão capazes de produzir 6 milhões de toneladas de GNL por ano, o equivalente a 27 milhões de m³ por dia de gás natural. Os navios devem ficar atracados no Golfo de San Matías, na costa da Patagônia.
Outro projeto de GNL em andamento no país é o Argentina LNG, desenvolvido pela YPF, Shell e Eni, que prevê a instalação de uma planta flutuante de 12 milhões de toneladas de GNL por ano. A YPF também tem acordo com outras empresas, como um consórcio de empresas indianas.
Gás de Vaca Muerta
Os projetos buscam rentabilizar as abundantes reservas de gás não-convencional de Vaca Muerta. Projeções da empresa Tecpetrol indicam que antes de 2030 a produção de gás de Vaca Muerta deve ser de 450 milhões de m³ por dia durante 20 anos. Atualmente, a demanda interna da Argentina é de cerca de 140 milhões de m³ durante o verão, atingindo cerca de 180 milhões de m³ no inverno.
Assim, os agentes do país buscam formas de escoar o excedente de produção de Vaca Muerta. Além do GNL, as empresas locais buscam fechar contratos de longo prazo com o Brasil.