
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira, 8 de agosto, o lançamento de um sistema responsivo para monitoramento, em tempo real, das interrupções no fornecimento de energia elétrica em todo o país. A implementação plena pelas distribuidoras está prevista para janeiro de 2026.
Chamado de Radar, o sistema permite que consumidores acompanhem, pelo aplicativo Aneel Consumidor ou pelo site da autarquia, o número de clientes sem energia elétrica em sua região, com informações dinâmicas e intuitivas.
“O Radar representa uma mudança de paradigma. É um compromisso com a transparência, com a informação clara, com o tempo de resposta e, acima de tudo, com o consumidor”, afirmou o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, durante a apresentação da ferramenta.
Atualmente, o sistema passa por um projeto-piloto na área de concessão da CPFL Santa Cruz para passar no teste de viabilidade técnica e desempenho. Apesar disso, a ferramenta já está operacional. O prazo até 2026 permitirá que as demais distribuidoras adaptem seus sistemas para integração total.
Radar na prática
As distribuidoras deverão informar à Aneel, no máximo 15 minutos após uma interrupção, a previsão de restabelecimento do serviço. O não cumprimento dessa regra poderá ser alvo de fiscalização pela agência.
O Radar utiliza dados automáticos, auditáveis e confiáveis, permitindo à Aneel reforçar a inteligência de dados aplicada à fiscalização e à ouvidoria, além de subsidiar decisões estratégicas e otimizar o uso de recursos públicos.
O desenvolvimento teve início em 2023, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o Radar faz parte de um conjunto de iniciativas da Aneel para modernizar a regulação, digitalizar as redes e ampliar os direitos dos consumidores. A agência também destaca a importância da medida diante do aumento de eventos climáticos extremos, que vêm impactando a prestação do serviço de energia elétrica no Brasil e no mundo.