Consumo

Após aumento da CDE, Aneel revisa para cima custo médio de energia

Imagem de conta de luz
Tarifa de energia / Crédito: Marcos Santos (USP)

Os índices de reajuste e revisão da conta de energia elétrica devem ficar acima da inflação em 2025, com efeito médio de 6,3%. O dado consta no segundo boletim trimestral InfoTarifa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e considera a previsão média dos índices Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), de 1,3%, e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,1%. 

O efeito está acima dos 3,9% médios projetados pela autarquia em abril deste ano, por conta da mudança nos valores homologados da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que teve o orçamento aprovado em R$ 8,6 bilhões maior do que o previsto.  

O orçamento da CDE 2025 foi aprovado em julho, sendo que as componentes que contribuíram para o referido aumento se relacionam principalmente com os repasses para compensar os descontos das fontes incentivadas (+R$ 3,8 bi), subsídios da geração distribuída GD (+2,0 bi), Conta de Consumo de Combustíveis (+R$1,8 bi), tarifa social de energia (+R$ 1,6 bi) e programa Luz para Todos (+R$ 1,4 bi).  

Detalhes da previsão 

Entre os fatores do crescimento, a Aneel projetou aumento de 1,7% na parcela B. Segundo ela, a atualização da parcela B das distribuidoras em processo de revisão tarifária tende a ser maior do que aquelas em reajuste, ou seja, superior a atualização inflacionária descontada do fator X, pois o crescimento do ativo imobilizado em serviço (AIS), parâmetro revisto a cada ciclo tarifário, tem sido da ordem de 50% a 60% maior quando comparado com a revisão anterior. 

A agência também ressaltou aumento de 4,1% com encargos setoriais devido ao aumento de cotas da CDE e das tendências de aumento das cotas do Encargo de Potência para Reserva de Capacidade (ERCAP).