O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,26% em julho, acima da taxa do mês anterior, sendo puxado pela alta da energia elétrica residencial. Neste ano, a conta de luz residencial acumula uma alta de 10,18%, destacando-se como o principal impacto individual no resultado acumulado do IPCA – que ficou em 3,26%.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estastistica (IBGE), a variação na energia é a maior para o período de janeiro a julho desde 2018, quando o acumulado foi de 13,78%. Segundo o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, “sem a contribuição da energia elétrica, o resultado do IPCA de julho ficaria em 0,15%”.
A energia elétrica está dentro do grupo habitação, que registrou alta de 0,91% impulsionado pela variação de 3,04% na energia elétrica residencial na etapa.
O último mês foi marcado pelo acionamento da bandeira tarifaria vermelha patamar 1,que adicionou R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos. O acionamento ocorreu devido ao cenário de afluências abaixo da média em todo o país, que reduziu a geração de energia por hidrelétricas.
Além da bandeira, o IBGE apontou os refletos de reajustes tarifário médios de 13,97% na concessão da Enel São Paulo; 1,97% na área de concessão da Copel em Curitiba; e de 14,19% na RGE Sul Distribuidora de Energia. O período também foi marcado por uma redução de 2,16% nas tarifas de consumidores na área de concessão da Light.
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Outros cinco grupos registraram alta na inflação de julho: Despesas pessoais, puxada pelo reajuste nos jogos de azar; Saúde e cuidados pessoais, com alta nos planos de saúde; Transportes; Artigos de residência, e Educação.
Os grupos Alimentação e bebidas — que têm o maior peso no índice —, Vestuário e Comunicação registraram queda na passagem de junho para julho.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), teve alta de 0,21% em julho. No ano, o acumulado é de 3,3% e, nos últimos 12 meses, de 5,13%.
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