A Petrobras início nesta quarta-feira, 20 de agosto, o processo de contratação para construir a primeira planta dedicada à produção de BioQAV (ou SBC, sigla em inglês de Componente Sintético da Mistura para produção de SAF) e de diesel renovável (ou HVO – Hydrotreated Vegetable Oil), a ser instalada na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), na cidade de Cubatão, em São Paulo. Os contratos devem ser assinados no segundo semestre de 2026 e as obras iniciadas no fim do mesmo ano.
Os contratos devem ser assinados no segundo semestre de 2026 e as obras têm previsão de início para o fim do mesmo ano.
O projeto prevê capacidade de processamento de cerca de 950 mil toneladas por ano de matérias-primas de origem vegetal e gordura animal, resultando em uma produção de até 16 mil barris por dia (bpd) de combustíveis renováveis, entre BioQAV e diesel renovável.
Estrutura de licitação
Para a construção da nova planta, a estatal dividiu o processo em cinco pacotes de contratação. O primeiro, já em licitação, corresponde à unidade de pré-tratamento, responsável por retirar impurezas das matérias-primas antes da conversão em BioQAV e diesel 100% renovável.
A previsão é que sejam instalados tanques para armazenamento de derivados e de insumos como óleo de soja e sebo bovino, provenientes principalmente das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil.
Segundo a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi, a iniciativa reforça o papel da companhia na transição energética.
“A Petrobras avança no pioneirismo e na capacidade de desenvolver soluções que contribuam para as metas de redução de emissões. A planta dedicada à produção de combustíveis renováveis na RPBC e a oferta de novos produtos ao mercado serão um marco no desenvolvimento sustentável a que estamos nos propondo”.
Contrato com OceanPact
A OceanPact assinou quatro novos contratos com a Petrobras, somando aproximadamente R$ 3,2 bilhões, para o afretamento de embarcações do tipo ROV Support Vessel (RSV) por um período de quatro anos.
As embarcações serão utilizadas em operações submarinas com Remotely Operated Vehicles (ROVs), incluindo inspeções de estruturas, manutenções preventivas e corretivas, instalação e remoção de equipamentos, entre outras atividades em unidades marítimas da Petrobras.
A OceanPact será responsável pela operação integral das embarcações e dos ROVs, que contam com tecnologia de última geração, capacidade de atuação em até 3.000 metros de profundidade e um amplo conjunto de ferramentas para diversas atividades submarinas.
As operações serão conduzidas por equipes especializadas, reforçando o compromisso da companhia com excelência operacional, inovação, segurança e proteção ambiental.
Em dezembro de 2024, a OceanPact já havia firmado um contrato de R$ 697 milhões com a Petrobras para o afretamento do navio Ilha do Mosqueiro, do tipo Offshore Terminal Support Vessel (OTSV), também pelo prazo de quatro anos.