
O Instituto Butantan inaugurou uma usina térmica a gás natural de 12 MW, que será responsável por atender boa parte da demanda energética do complexo onde são produzidas as vacinas e soros, além dos sistemas de ar-condicionado das áreas administrativas do parque fabril, localizado em São Paulo. A térmica está enquadrada no modelo de cogeração de energia.
Atualmente, a demanda contratada do instituto é de 10,5 MW mensais, mas essa necessidade pode aumentar com a entrada em operação de novas fábricas de vacinas e soros. Com a usina, o objetivo do Instituto é se preparar para essa expansão e para aumentar a segurança da rede elétrica de suas fábricas.
“Este projeto vem para acompanhar o crescimento e as necessidades de utilidades que o Butantan terá nos próximos anos. Nos traz segurança energética, flexibilidade de manobra em situações de oscilação de energia, desligamentos e até mesmo de escassez”, diz o diretor de Infraestrutura do Butantan, Rafael Lubianca.
Cogeração e eficiência energética
De acordo com informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o grupo motogerador a gás natural permitirá a recuperação média de 4,8 MW pelo sistema de água quente, que abastece dois chillers por absorção, e de 4,2 MW pelos gases de escape das caldeiras de recuperação.
Os chillers são sistemas de refrigeração utilizados para resfriar ou desumidificar ar e outros fluidos. Dessa forma, além da geração de energia elétrica, a planta fornecerá água gelada para a fabricação de vacinas e vapor para a sala das caldeiras.
Segurança e operação
Como medida de segurança, a usina conta ainda com um gerador a diesel, semelhante aos utilizados em navios, que funciona como sistema de black start – ou seja, pode ser acionado em caso de desligamento total ou parcial da rede.
A operação da usina será realizada por uma equipe de 17 profissionais, organizados em quatro turnos de trabalho. Em cada turno, quatro funcionários permanecerão dentro da usina, enquanto os demais atuarão em diferentes áreas do Butantan.