A presidência da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) anunciou nesta terça-feira, 19 de agosto, a antecipação das consultas para temas centrais do evento, incluindo metas globais de redução de emissões e como implementar as mudanças necessárias.
As consultas, consideradas instrumentos fundamentais para tratar de questões de relevância política e superar impasses técnicos, tradicionalmente têm início apenas na segunda semana das conferências do clima.
No entanto, a presidência da COP30 decidiu antecipar o processo como forma de promover diálogo aberto, transparência e construção de confiança entre os países.
O processo será conduzido em conjunto com a presidência da COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, e com os presidentes dos órgãos subsidiários da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima (UNFCCC).
“Para garantir que nosso trabalho em torno dessas questões seja fortemente fundamentado em um processo inclusivo, transparente e previsível, com vistas à COP30, estou lançando imediatamente as ‘consultas da Presidência da COP30’, no período entre as sessões dos Órgãos Subsidiários, a fim de alcançar avanços que, de outra forma, ficariam restritos às duas semanas da conferência”, disse o embaixador André Corrêa do Lago, presidente designado da COP30.
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As primeiras sessões preliminares serão realizadas de forma online nas próximas semanas. Em seguida, estão previstas duas rodadas de consultas presenciais: a primeira em 25 de setembro, em Nova York, durante a 80ª Assembleia Geral da ONU; e a segunda em 15 de outubro, em Brasília, logo após a Reunião Ministerial de Alto Nível da Pré-COP.
Durante a COP30, as consultas da presidência serão retomadas a partir de 10 de novembro de 2025.
Paralelamente, a presidência buscará promover consultas adicionais com representantes internacionais sobre cinco eixos centrais para os resultados da conferência: mitigação, adaptação, meios de implementação, transição justa e o Global Stocktake, balanço global que avalia as metas de redução de emissões a cada dois anos.
