O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar as fontes eólicas e solares, chamando-as de “o golpe do século”. Em publicação em sua rede social, o republicano destacou que não permitirá projetos das fontes, alegando que essas tecnologias “destroem fazendeiros”.
Ele também afirmou que os altos custos da energia elétrica nos EUA seriam consequência da implementação de usinas eólicas e solares.
O comentário de Trump ocorre após a adoção de medidas para restringir o avanço de projetos renováveis no país. Recentemente, o presidente assinou um decreto determinando que as agências federais reforcem as disposições da nova lei de cortes de impostos e gastos. A norma revoga e altera créditos fiscais para projetos de energias renováveis, armazenamento de energia e outros setores.
O governo também endureceu as regras para a obtenção de autorizações federais em projetos renováveis no mês passado, exigindo aval do secretário do Interior, Doug Burgum, para instalação de empreendimentos.
No início de agosto, o jornal The New York Times informou que a administração Trump estuda uma nova medida para cortar US$ 7 bilhões em subsídios federais destinados à instalação de projetos de energia solar voltados a famílias de baixa renda.
Energia nos EUA
Dados da Administração de Informações de Energia (EIA, na sigla em inglês) dos EUA, de janeiro deste ano, indicam que o consumo de eletricidade no país cresceu 2% em 2024, após quase duas décadas de demanda relativamente estável.
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A entidade prevê que a demanda por eletricidade continue crescendo nesse ritmo em 2025 e 2026, principalmente no setor industrial por conta da entrada em operação de novas operações de fabricação de semicondutores e baterias, com estimativa de alta de 2% em 2025 e de 3% em 2026.
No setor comercial, a demanda pode subir 2% em 2025 e em 2026, justicada pelo aumento no consumo de energia dos data centers.
Em contraste, os preços de energia no varejo têm aumentado mais do que a inflação desde 2022, e, segundo a EIA, devem continuar subindo até 2026. Segundo estudo, os preços da eletricidade subirão 13% entre 2022 e 2025 — ritmo mais rápido em décadas.
“Esperamos que os preços de eletricidade no varejo para clientes residenciais atinjam uma média de 17 centavos por quilowatt-hora em todo o país em 2025, alta de 4% em relação a 2024, e então subam para aproximadamente 18 centavos/kWh em 2026. A previsão segue uma tendência na qual os preços de eletricidade residencial têm aumentado a uma taxa média anual de 5% a cada ano desde a pandemia da Covid-19”, diz trecho da análise.
A EIA também destacou que o aumento nos preços de eletricidade no varejo este ano devem ocorrem devido ao custo do gás natural destinado ao setor de energia elétrica, que subiu mais de 40% no primeiro semestre de 2025 em comparação com o ano anterior. O custo médio do gás natural para geração de energia pode aumentar mais de 17% em 2026, segundo previsão.
