
O leilão de reserva de capacidade (LRCap) deveria priorizar tecnologias capazes de entregar agilidade operacional, como hidrelétricas reversíveis, baterias e programas de resposta da demanda, segundo a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
“Não se trata apenas de contratar potência, mas de garantir resposta rápida ao sistema elétrico brasileiro”, disse Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, para quem “apostar em fontes lentas é repetir soluções do passado e comprometer o futuro”.
O Ministério de Minas e Energia (MME) lançou na sexta-feira, 22 de agosto, duas consultas públicas para discutir LRCaps, sendo um leilão para usinas a óleo e diesel, e outro para gás natural, carvão mineral e hidrelétricas.
Para a Fiemg, a formatação do leilão será decisiva para o equilíbrio do sistema elétrico brasileiro nos próximos anos.
“Esse não é um leilão de térmicas, é um leilão de flexibilidade. O sistema precisa de soluções renováveis e eficientes, que respondam em segundos ou minutos, e não em horas ou dias”, diss Roscoe.
A entidade reforçou ainda que a contratação deve estar “em sintonia” com os estudos técnicos oficiais e incentivar a competição entre tecnologias de resposta rápida, limpas e sustentáveis, capazes de assegurar a segurança energética do país e contribuir para a transição da matriz brasileira.