
A Engie Brasil Energia e a Tereos estudam o fim de uma parceria na empresa Ibitiúva Bioenergética, responsável pela usina termelétrica Ibitiúva, movida a bagaço de cana-de-açúcar e localizada em Pitangueiras, no estado de São Paulo. O ativo possui capacidade instalada de 33 MW e garantia física de 19,6 MW médios.
O acordo foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em despacho publicado nesta quarta-feira, 3 de setembro. Conforme autos do processo, o negócio envolve a transferência total, de 95%, do capital social da Engie na Ibitiúva para a Tereos Açúcar e Energia Brasil, que atualmente detém 5%.
Em manifestação ao Cade, a Engie informou que a operação é uma oportunidade de negócio em linha com o seu planejamento estratégico. Por sua vez, a Tereos defendeu a chance de aumentar o volume de energia gerado anualmente pela Ibitiúva, que deve ser comercializada posteriormente pelo grupo.
Ibitiúva Bioenergética
A companhia é uma sociedade de propósito específico criada para construir e gerenciar o projeto e a operação da UTE Ibitiúva, que utiliza o bagaço e a palha da cana-de-açúcar fornecida pela Tereos como combustível para geração de energia elétrica.
A autorização para o projeto foi outorgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em favor do consórcio Andrade, criado para a implantação e operação da termelétrica.
O consórcio vendeu 20 MW médios de energia no primeiro leilão de energia de reserva promovido pela Aneel, realizado em agosto de 2008, e garantiu ao empreendimento a venda de energia por um período de 15 anos, a partir de abril de 2010.