Desafios da COP30

COP30 deve 'trazer economia e sociedade para o jogo', diz Élbia Gannoum

Élbia Gannoum
Élbia Gannoum

A COP30 no Brasil, desde o anúncio da cidade-sede de Belém, no Pará, recebeu a atributo de ser a ‘COP das entregas’ dos acordos formulados pelos países para mitigar os efeitos da crise climática. Apesar da responsabilidade do termo, o conceito de implementação “está muito no sentido de trazer a economia para o jogo, trazer a sociedade para o jogo, disse Élbia Gannoum.

Para Gannoum, CEO da Abeeólica e enviada especial do governo para a COP30, as entregas passam por uma questão de perspectiva. “Esse conceito de implementação, ele é muito bom. Agora, implementar significa começar a implementar, e não terminar ali”, disse a executiva em entrevista à MegaWhat.

COP30: energia é o tripe dos planos econômicos e ambientais

“Não dá para falar de energia sem falar em economia. Hoje, essa discussão está muito mais clara”, disse a executiva, citando a política industrial verde, com o Brasil aproveitando a oportunidade, no contexto da transição energética, de retomar seu crescimento econômico a partir da energia.

Além disso, ela destacou a importância da sociedade, do setor produtivo e de investidores na COP, uma vez que diplomatas e governos tomam as decisões, mas é a sociedade que vai implementar as ações.

“Não adianta um grupo de diplomata, um grupo de representantes dos governos tomarem uma decisão, porque quem vai implementar será a sociedade. Quem vai implementar, vai ser o investidor., o setor produtivo. Então, eles não podem ignorar o que está acontecendo aqui”, disse.

Élbia Gannoum ainda falou sobre o momento da indústria eólica, a utilização de combustíveis fósseis e uma transição para aqueles com menor pegada de carbono.

Confira a entrevista na íntegra: