Transição justa

ONU pede cortes drásticos e transição justa longe dos fósseis

ONU pede cortes drásticos e transição justa longe dos fósseis

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu que governos devem aproveitar a oportunidade dos novos planos climáticos nacionais para traçar um caminho rumo a cortes drásticos nas emissões e para uma transição justa longe dos combustíveis fósseis. 

O pedido secretário é um apelo aos países para entregarem, até o final de setembro, as suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) para 2035, de forma que possam ser refletidas no Relatório de Síntese das NDCs de 2025. Para a presidência da COP30, esforços significativos foram realizados para garantir que as NDCs conectem as negociações à implementação prática, tornando-se instrumentos voltados para o futuro, que orientem o desenvolvimento e forneçam previsibilidade para o setor privado.   

Simon Stiell, chefe de Clima da ONU, também falou sobre a necessidade da entrega das contribuições, que ele chamou de “a pedra angular da luta da humanidade contra a crise climática”.  

AS NDCs 

As NDCs representam os esforços de cada país para reduzir as emissões nacionais e se adaptar aos impactos das mudanças climáticas. 

As contribuições são submetidas a cada cinco anos ao secretariado da UNFCCC. Para aumentar a ambição ao longo do tempo, o Acordo de Paris prevê que as NDCs sucessivas representem uma progressão em relação à NDC anterior e reflitam sua ambição mais elevada possível. 

As partes são solicitadas a enviar a próxima rodada de NDCs (novas NDCs ou NDCs atualizadas) até 2020 e a cada cinco anos depois disso (por exemplo, até 2020, 2025, 2030), independentemente de seus respectivos prazos de implementação. 

Além disso, as partes podem, a qualquer momento, ajustar a sua contribuição nacionalmente determinada existente com vista a aumentar o seu nível de ambição.